sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Discurso de Lula na Sciences-Po.


Este vídeo está com problemas na imagem.
 De qualquer maneira da para ouvir o áudio do discurso do ex- presidente Lula.
Sabotagem com a imagem? Talvez


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ele vive



Até quando viveremos neste planeta?
 Nossa existência é um micro ponto na face da terra.
Não somos nada.
Ou somos?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Desonestidade na TV Cultura deprimiu André Sodré

Da Folha.com

Filha de Abreu Sodré diz que pai morreu deprimido com a TV Cultura


A filha de Roberto Costa de Abreu Sodré fez uma revelação inusitada durante a inauguração de um busto em homenagem ao ex-governador de São Paulo na sede da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura.

Durante o discurso de agradecimento, ela disse que o pai, antes de morrer, estava muito deprimido com a desonestidade que tomou conta da TV e que morreu triste, pois seus propósitos como um dos fundadores da emissora foram deturpados e porque a TV se tornou um "balcão de trocas".

A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha desta sexta-feira (16).

A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

Escola Keynesiana

A escola Keynesiana ou Keynesianismo é a teoria econômica consolidada pelo economista inglês Jonh Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money) e que consiste numa organização político-econômica, oposta às concepções neoliberalistas, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego. Tais teorias tiveram uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado.

A escola keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é auto-regulado como pensam os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "espírito animal" (animal spirit no original em inglês) dos empresários. É por esse motivo, e pela incapacidade do sistema capitalista conseguir empregar todos os que querem trabalhar, que Keynes defende a intervenção do Estado na economia.

A teoria atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação do salário mínimo, do seguro-desemprego, da redução da jornada de trabalho (que então superava 12 horas diárias) e a assistência médica gratuita. O Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de bem-estar social", ou "Estado Escandinavo".

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Anvisa adverte: Veja faz mal à saúde


Publicado no Blog do Rodrigo Vianna


A revista Veja não tem cura. Na edição da semana retrasada, ela estampou na capa o título “O poderoso chefão” e publicou uma “reporcagem” cheia de adjetivos contra o ex-ministro José Dirceu. O seu repórter tentou invadir o apartamento do dirigente do PT e imagens ilegais foram usadas na matéria. A ação criminosa está sendo investigada pela polícia e a Veja está acuada.
Nesta semana, na edição número 2233, a revista preferiu uma capa mais light, talvez tentando esfriar a reação à sua ação mafiosa contra Dirceu. “Parece milagre!” foi a manchete da longa reportagem sobre um novo remédio “que faz emagrecer entre sete a 12 quilos em apenas cinco meses”. Novamente, porém, a revista parece ter cometido outro crime.
Hipoglicemia, náusea e diarréia
Em comunicado oficial, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) imediatamente alertou que o remédio propagandeado pela Veja não deve ser usado como emagrecedor. “A única indicação aprovada atualmente para o medicamento é como agente antidiabético… Não foram apresentados à Anvisa estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e tratamento da obesidade”.

Ainda segundo o comunicado, o uso do medicamento para qualquer outra finalidade apresenta “elevado risco para a saúde da população”. O Victoza foi aprovado para comercialização em março de 2010 para uso específico no tratamento de diabetes. A Anvisa informa que foram relatados eventos adversos associados ao medicamento nos estudos clínicos, como dores de cabeça, hipoglicemia, náusea e diarréia. Ela destaca ainda os riscos de pancreatite, desidratação e alteração da função renal e da tireóide.
Propaganda descarada

Como relata Ligia Martins de Almeida, em artigo no Observatório da Imprensa, a revista tem o péssimo costume de propagandear remédios. “Não é a primeira vez que Veja dedica seu precioso espaço para falar de dietas milagrosas… Mas talvez seja a primeira vez que ela usa sua capa para divulgar um produto de forma tão descarada”. Os resultados desta jogada comercial são imediatos.
“O sucesso da matéria pode ser comprovado no site DoceVida, especializado na venda de produtos para diabéticos, que já no domingo trazia a reprodução da capa de Veja com a matéria sobre o remédio. O medicamento, aliás, que só pode ser vendido com receita médica e custa entre 343 e 350 reais nos sites de farmácias especializadas em vendas online… Com a matéria de Veja, certamente a procura – na internet e nos consultórios de endocrinologistas – vai aumentar muito”.
Quem tem culpa no cartório?
“Os pauteiros e editores da revista – felizes com a repercussão da matéria (porque as matérias desse tipo sempre dão excelentes resultados) – não terão qualquer sentimento de culpa se eventualmente se descobrir que os efeitos do tal medicamento podem ser péssimos para quem não tem problemas com glicemia. Até lá, terão mudado os pauteiros e os editores e os próximos poderão discutir o assunto sem qualquer culpa no cartório”.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Aos mestres sem carinho

Postado no Blog da Cidadania- Eduardo Guimarães


Leio na internet que professores da rede pública estadual mineira se acorrentaram a um monumento em uma praça de Belo Horizonte e ali fazem greve de fome para exigir que o governo do Estado (PSDB) lhes pague o piso nacional determinado por lei federal.
Há não muito tempo, em São Paulo, os mestres foram à rua aos milhares protestar por salários decentes. O governo do Estado (PSDB) atirou sua polícia hidrófoba contra manifestantes que foram espancados sem dó nem piedade, como se fossem criminosos.
O salário que o governo mineiro não quer pagar a esses professores revoltosos é de pouco mais de mil reais – não é brincadeira, o valor é esse mesmo!
Repito aqui, portanto, uma história que já contei, mas que precisa ser contada tanto quanto possível na esperança de que sirva para indicar aos professores um caminho, já que os pais dos alunos da escola pública vivem no mundo da lua.
À época da última paralisação de professores paulistas, uma de minhas filhas hospedava uma amiga francesa, professora universitária que veio ao Brasil em intercâmbio com a USP. Quando a moça soube que haveria manifestação ali perto (minha filha mora perto da avenida Paulista), quis ir ver.
Quanto ao tamanho da manifestação, achou extremamente pequena para um país deste tamanho, apesar de ter reunido dezenas de milhares de docentes. Mas o que mais a espantou foi não ter visto os pais dos alunos e os próprios unidos aos mestres no protesto.
Celine, a jovem docente francesa, comentava que se os professores da rede pública de seu país fossem mal pagos como os do nosso os pais dos alunos quebrariam tudo e paralisariam o país, pois lá quase todo mundo estuda em escola pública, como aqui.
Paulistas, mineiros, enfim, o povo de todas as unidades da federação não se revolta contra os governos estaduais e municipais. A mídia, que no Brasil é toda de direita, não estimula os pais dos alunos a apoiarem os professores porque eles são sindicalizados e a direita odeia sindicatos.
Em vez de os professores saírem sozinhos à rua enquanto a mídia entrevista madames motorizadas e revoltadas com os manifestantes porque pararam o tráfego – obviamente porque têm seus filhos na rede privada de ensino –, deveriam conscientizar os pais dos alunos.
Uma paralisação das redes públicas estaduais e municipais que reunisse professores, alunos e mestres obrigaria esses governos irresponsáveis a investirem de verdade em Educação, porque dinheiro há. Mas é mais fácil contarem com a mídia para demonizar os professores.
A imprensa fica ao lado de governadores corruptos e irresponsáveis como os de São Paulo e Minas Gerais porque compram publicidade oficial ou assinaturas da Veja, do Estadão, da Folha, do Estado de Minas etc. E o futuro do país que se dane.
Não adianta professores se acorrentarem a monumentos e fazerem greve de fome para ganhar pouco mais de mil reais. Têm que começar a preparar paralisação que conte com pais dos alunos. Aí quero ver o Alckmin ou o Anastasia mandarem suas polícias agredi-los.
Se você quer combater a mídia que ajuda a manter a Educação brasileira nesse estado, adira ao ato público que o Movimento dos Sem Mídia fará no Masp, em São Paulo, no próximo sábado, às 14 horas.
*
Veja, abaixo, o vídeo que mostra situação dos docentes mineiros e o transe em que vive uma população que trata sem o menor carinho aqueles que espera que se dediquem aos seus filhos.



domingo, 11 de setembro de 2011

O acaso direciona nossas vidas, diz físico



Por Edsonmarcon
De O Globo
O físico Leonard Mlodinow fala como a aleatoriedade define o futuro
Cesar Baima
Pode-se dizer que o físico americano Leonard Mlodinow é um homem de sorte. Seus pais, judeus europeus, sobreviveram ao Holocausto e emigraram para os EUA, onde se casaram. Anos mais tarde, ele estava bem embaixo das Torres Gêmeas no momento dos atentados do 11 de Setembro, escapando com ferimentos leves. Mas, onde alguns veriam a mão de Deus, o físico vê o poder da probabilidade e como os eventos mais fortuitos podem ter grandes consequências na vida de cada um. Essa visão o levou a escrever o best-seller "O andar do bêbado - Como o acaso determina nossas vidas" (Editora Zahar) e, mais recentemente, "O grande projeto" (Editora Nova Fronteira), parceria com Stephen Hawking em que defendem a ideia de que criação do Universo prescinde de Deus. No Rio para a Bienal do Livro, ele concedeu entrevista a O GLOBO.

No livro "O andar do bêbado", o sr. diz que o acaso faz parte da vida, mas, muitas vezes, não o percebemos corretamente. Em que áreas ele está mais presente e como lidar com ele?

LEONARD MLODINOW: O acaso está presente em todos os aspectos das nossas vidas. Por exemplo, na nossa vida pessoal. Algumas vezes não conheceríamos uma pessoa se não fosse por algum pequeno evento aleatório, como estar atrasado ou adiantado para pegar um trem. Ou podemos tomar um café, pegar o carro dois minutos mais tarde que o usual e algum motorista bêbado ultrapassar um sinal vermelho e bater em nós. Isso também acontece nos negócios e na vida profissional. No livro conto a história de Bill Gates, em que alguém da IBM o procurou por estarem precisando de um sistema operacional para seus computadores pessoais. Gates não tinha um pronto, mas conhecia alguém que tinha e teve a oportunidade de comprar o sistema dessa pessoa e licenciá-lo para a IBM. Então, se a IBM tivesse procurado outra pessoa, Bill Gates não seria o Bill Gates que conhecemos. Mesmo com todo talento e habilidade, ele ainda poderia ser apenas um executivo qualquer.

O GLOBO. Mas mesmo diante do fato de que Bill Gates teve a sorte de ser procurado, ele conhecia alguém que tinha o produto procurado. Neste caso, parafraseando Louis Pasteur, a sorte não favoreceu quem estava preparado?

MLODINOW: Certamente. Não estou dizendo que tudo depende do acaso, mas que as pessoas ignoram o fato de que o acaso tem um papel importante em suas vidas. Se você não estiver preparado, não tiver talento ou habilidade, ou não trabalhar duro, quando a oportunidade vier você não vai poder tirar vantagem dela. A mensagem do livro é que o importante é como você reage a essas situações aleatórias. Não que a vida seja feita só de acasos. Ela é uma combinação de vários acasos e suas reações a eles. Mas as pessoas veem a história de Bill Gates como a de alguém extraordinário que deu o primeiro passo, depois o segundo e assim por diante, como se estivesse seguindo um plano prévio para ser quem é e construir o que construiu. Mas essa não é a maneira que as coisas acontecem. É muito raro que as coisas aconteçam exatamente como se planeja. Mesmo na ciência muitas descobertas são feitas por acaso por pessoas que estavam pesquisando uma coisa e acabam se deparando com outra. O que acontece é que elas foram espertas o bastante para perceberem o que estava se passando.

O GLOBO. Pode-se dizer, no entanto, que o sr. é um homem de sorte, que há muitos acasos favoráveis na sua vida. Logo no início de o "O andar do bêbado", o sr. destaca que se não fosse por Hitler não teria nascido. Seus pais sobreviveram ao Holocausto e o sr. mesmo sobreviveu ao 11 de Setembro. Como responde aos que dizem que isso foi algum tipo de ação de Deus?

MLODINOW:Ora, se Deus salvou meus pais, Ele também matou toda a família deles? Ele decidiu que os cinco irmãos e irmãs do meu pai deveriam morrer, seus filhos deveriam morrer, meus avós e toda família deveriam morrer só para meu pai e minha mãe viverem? Estou lançando um livro com Deepak Chopra em que debatemos um com outro. Chopra gosta de acreditar em um Deus benevolente e diz que o amor é uma constante que permeia o Universo. Mas e quanto ao outro lado? É muito fácil dizer: "você não acredita que Deus o salvou?" . Mas e todas as outras pessoas que morreram? Que Deus malvado é esse?

O GLOBO. O sr. se definiria como ateu?
MLODINOW:Diria que sou agnóstico, mas não vejo muita diferença entre um ateu e um agnóstico. Não tenho certeza porque não há prova de que Deus não existe, assim como não sei se tudo isso é apenas um sonho de meu cérebro flutuando no espaço. Um ateu diria que não há nenhum Deus. Já eu digo que não há provas de que Deus não existe, assim como não há provas de que Ele existe. Outro dia tive uma descoberta sobre minhas próprias crenças. Em uma entrevista, perguntaram-me se eu acreditava que havia vida inteligente em algum outro lugar no Universo. É engraçado porque eu creio nisso, embora não haja nenhuma razão científica para tal. Assim, eu entendo por que as pessoas têm fé em Deus porque eu sinto essa mesma fé, mas pelo menos reconheço que não tenho bases para acreditar nisso.

O GLOBO. Dez anos depois do 11 de Setembro, como o sr. se lembra daquele dia?

MLODINOW: Lembro muito bem... Como se pode esquecer algo assim? Eu estava do lado de fora, embaixo do World Trade Center. É uma longa história e não quero falar muito sobre isso. Eu estava lá e vi o avião passando sobre nossas cabeças e atingindo o WTC, todo o fogo e destroços caindo em cima de nós. Naquela hora ninguém sabia o que estava acontecendo.

O GLOBO. O sr. também tem muita aleatoriedade na sua vida, tendo começado como estudante de química, depois se voltando para a física, escrevendo roteiros para Hollywood (de Jornada nas Estrelas e MacGyver), virando editor e autor de livros de ciência e, por fim, voltando à academia. O sr. segue o andar do bêbado?

MLODINOW:Todos têm algum grau de aleatoriedade em suas vidas, mas realmente eu a sigo mais do que a maioria. Quando sinto que tenho que fazer algo ou quando uma oportunidade surge, não sou conservador. Sigo minha intuição e minhas vontades. Recusei um emprego seguro em uma universidade para vender meus roteiros e consegui o que milhares tentam e não conseguem. O melhor é tentar ser feliz com que se escolhe. Nunca se sabe com certeza o que vai acontecer, então é sempre bom estar preparado para tudo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Neoliberalismo: um colapso inconcluso





Do sítio Carta Maior

Desde a eclosão da crise imobiliária nos EUA, a partir de 2007, os fatos se precipitaram a uma velocidade que não deixa dúvida: a história apertou o passo. Na ventania desordenada surgem os contornos de uma crise sistêmica.

Restrita aos seus próprios termos, a engrenagem das finanças desreguladas não dispõe de uma alternativa para o próprio colapso.

A desigualdade construída em trinta anos de supremacia dos mercados financeiros sobre o escrutínio da sociedade cobra sua fatura. Populações asfixiadas acodem às ruas. Estados falidos se escudam em mais arrocho.

Anulada no seu relevo institucional por governantes e partidos majoritariamente ortodoxos e tíbios, a democracia representativa também se apequena. O sentido transformador da política passa a ser jogado nas ruas.

Sucessivas injeções de dinheiro nos mercados hibernam no caixa de bancos e empresas, sem ativar o metabolismo da produção e do consumo.

Exaurido pelo socorro às finanças, o caixa fiscal dos Estados encontra-se emparedado. Demandas sociais crescentes colidem com um endividamento inexcedível a juros cada vez mais calibrados pela desconfiança.
Organismos outrora estruturadores dessa hegemonia, como o FMI, rastejam sua esférica desimportância. Demonstrações de obscurantismo fiscal para 'acalmar os mercados' pontuam a deriva da social-democracia europeia.

Para debater esse longo crepúsculo histórico, a Carta Maior promove o seminário:

‘Neoliberalismo: um colapso inconcluso’, que se desdobrará em quatro mesas:

- A singularidade da crise financeira mundial - Luiz Gonzaga Belluzzo e Maryse Farhi

- Panorama geopolítico: novos atores e novas agendas - Ignacy Sachs e Ladislau Dowbor

- O Brasil e os canais de transmissão da crise – Márcio Pochmann e Paulo Kliass

- Desafios e trunfos da a América Latina - Samuel Pinheiro Guimarães e Emir Sader

Serviço do evento.

- Data - 12 de setembro de 2011

- Horário - das 14 às 19 horas

- Local - TUCARENA, na PUC/SP, Rua Bartira, esquina Rua Monte Alegre, nº 1024, Perdizes, PUC/SP.

Outras informações:

- A entrada é franca.

- O Teatro comporta 200 lugares.

- O Seminário será transmitido, ao vivo, para os sites da Carta Maior e da PUC/SP, com possibilidade de ser ainda transmitido pela TV PUC.

A íntegra dos debates será objeto de uma publicação do Ipea.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Quem quer reagir às marchas do novo Cansei?


Publicado no Blog da Cidadania- Eduardo Guimarães


Nesta quarta-feira, em várias capitais, grupos de dondocas, quase que exclusivamente brancos, vestindo grifes, saíram à rua para atacar o governo Dilma, Lula e a base aliada desse governo. É a reedição do Cansei. Pregaram “revolução”, o que, no Brasil, lembra a Marcha pela Família pré-golpe de 1964.
Há várias iniciativas de reação ao golpismo do PSDB, do DEM, do PPS, do PSOL, da Globo, da Folha, da Veja e do Estadão, autores dos atos públicos. Hoje à tarde participo de uma reunião para ato de reação em São Paulo.
Viajo ao exterior no próximo sábado e fico fora até o domingo da semana seguinte. Não terei como participar de atos que estão sendo programados para o sábado dia 17, se realmente ocorrerem. Mas, de onde estiver, postarei aqui convocações do Movimento do Sem Mídia para que todos os que o apóiam, compareçam.
Particularmente, preferia adiar esses atos para deles poder participar, mas há, também, a questão de “timing”, ou seja, é preciso reagir enquanto a coisa está quente.
De qualquer forma, vamos começar a agitar. Os telejornais da noite, sobretudo o Jornal Nacional, devem dar ampla cobertura à iniciativa da direita midiática que os militontos do PSOL estão apoiando. Isso deverá repugnar os verdadeiros democratas deste país e fazê-los aderirem à reação ao golpismo.
Quem quer reagir ao avanço da oposição e da mídia contra o governo Dilma, Lula e o PT? Quem está disposto a ir à rua contra essa farsa que se travestiu de movimento social espontâneo com o apoio de sem-vergonhas que se dizem “de esquerda” enquanto gritam “Fora, Lula!”?
Em São Paulo, já estamos nos articulando. Você vai? Neste link http://www.facebook.com/event.php?eid=172133322863233 pode aderir ao evento no Facebook ou deixar comentário aqui

Nesta quarta-feira, em várias capitais, grupos de dondocas, quase que exclusivamente brancos, vestindo grifes, saíram à rua para atacar o governo Dilma, Lula e a base aliada desse governo. É a reedição do Cansei. Pregaram “revolução”, o que, no Brasil, lembra a Marcha pela Família pré-golpe de 1964.
Há várias iniciativas de reação ao golpismo do PSDB, do DEM, do PPS, do PSOL, da Globo, da Folha, da Veja e do Estadão, autores dos atos públicos. Hoje à tarde participo de uma reunião para ato de reação em São Paulo.
Viajo ao exterior no próximo sábado e fico fora até o domingo da semana seguinte. Não terei como participar de atos que estão sendo programados para o sábado dia 17, se realmente ocorrerem. Mas, de onde estiver, postarei aqui convocações do Movimento do Sem Mídia para que todos os que o apóiam, compareçam.
Particularmente, preferia adiar esses atos para deles poder participar, mas há, também, a questão de “timing”, ou seja, é preciso reagir enquanto a coisa está quente.
De qualquer forma, vamos começar a agitar. Os telejornais da noite, sobretudo o Jornal Nacional, devem dar ampla cobertura à iniciativa da direita midiática que os militontos do PSOL estão apoiando. Isso deverá repugnar os verdadeiros democratas deste país e fazê-los aderirem à reação ao golpismo.
Quem quer reagir ao avanço da oposição e da mídia contra o governo Dilma, Lula e o PT? Quem está disposto a ir à rua contra essa farsa que se travestiu de movimento social espontâneo com o apoio de sem-vergonhas que se dizem “de esquerda” enquanto gritam “Fora, Lula!”?
Em São Paulo, já estamos nos articulando. Você vai? Neste link http://www.facebook.com/event.php?eid=172133322863233 pode aderir ao evento no Facebook ou deixar comentário aqui

terça-feira, 6 de setembro de 2011

James Nachtwey - Fotojornalista - Aula de fotojornalismo


Ele cresceu em Massachusetss onde estudou história da arte e sociologia política ( 1996- 1970)
James documentou uma variedade de conflitos armados e os desastres sociais provocados pelas guerras e pela ganância humana.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Revista usou recém- formado em jornalismo para espionar Dirceu





* Postado no Blog da Cidadania- Eduardo Guimarães

Eles já chegam desmotivados ao mercado de trabalho, quando não desistem do exercício da profissão de jornalista antes de se formar. São moços e moças que se decepcionaram com a extinção da obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercer a profissão, mas que, mesmo antes disso, já não tinham maiores perspectivas de trabalho, tal o nível de concentração de propriedade de órgãos de imprensa (escrita ou eletrônica) que há no Brasil.
O país, portanto, oferece escassas oportunidades de trabalho a jornalistas, o que faz com que os recém-formados, em boa parte, tornem-se “assessores de imprensa” ou, empregados, vendam a alma às poucas empresas jornalísticas que podem pagar salários dignos. Dessa maneira, a primeira coisa que esses jovens sacrificam é a ética profissional, na ânsia de se mostrarem “úteis” a chefes de Redação que põem na rua ou na geladeira quem não reze pela cartilha do patrão.
Valendo-se dessa disposição de muitos jornalistas novatos para venderem tudo ao empregador – inclusive a consciência –, esses impérios de comunicação estimulam os que chegam agora ao mercado de trabalho a praticarem atos desmedidos como o do jornalista da revista Veja Gustavo Ribeiro, que acaba de ser denunciado à Polícia Civil do Distrito Federal e à Polícia Federal por supostamente ter tentado invadir o apartamento do ex-ministro José Dirceu num hotel e por ter implantado, ilegalmente, escutas e câmeras no estabelecimento.
Ribeiro é a prova viva de que jovens jornalistas estão sendo estimulados pelos patrões a cruzar as fronteiras da lei para se credenciarem a subir na carreira. O rapazola se formou jornalista pela Universidade Católica de Brasília em 2009. De lá para cá, trabalhou três meses no jornal Correio Brasiliense e, atualmente, está trabalhando na Veja, onde tem um ano e nove meses de casa. Ou seja: é jornalista há míseros dois anos.
Em tão pouco tempo, o currículo desse garoto já contabiliza, além de sua última travessura, um processo por violação de ética profissional que corre no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) devido a matéria intitulada “Madraçal no Planalto”, que versa sobre a Universidade de Brasília e seu reitor e que foi publicada pela revista Veja em 6 de julho deste ano.
Segundo Venício Lima, ex-professor-titular de Ciência Política e Comunicação da UnB, “Tanto do ponto de vista técnico como ético, a referida matéria é um exemplo acabado de mau jornalismo. Editorializada e adjetivada, a matéria não cumpre as regras elementares básicas do jornalismo e foi desmentida por “fontes” cujos nomes nela aparecem, além de ter recebido repúdio quase unânime da própria comunidade acadêmica da UnB”.
Ribeiro se formou há dois anos e já tem um currículo desses. Deve subir na carreira com essa disposição para violar a lei em nome daquilo que lhe disseram ser “jornalismo”. Talvez nem saiba direito o que fez, ou então pode ser que acredite que o patrão lhe dará cobertura. Mas será que a Veja não dirá que o rapaz agiu por conta própria, se o caldo engrossar? A chance de virar um bode expiatório não é pequena.
O inquérito contra o rapaz já corre na Polícia Civil de Brasília e na Polícia Federal, que já têm as imagens do circuito interno de tevê do hotel Naoum de Brasília que mostram sua conversa com a camareira do andar em que José Dirceu se hospedou. Ela deve testemunhar contra ele juntamente com os funcionários da recepção e o gerente do estabelecimento. Há, portanto, provas testemunhais e materiais de que houve tentativa de invasão e de instalação de ao menos uma câmera clandestina. E, segundo Dirceu, a Polícia se mostra disposta a ir até o fim.
O caso de Gustavo Ribeiro precisa se tornar emblemático para essa geração de jovens jornalistas formados ou por se formar, para que aprendam a distinguir investigação jornalística de crimes como os que parecem ter sido cometidos pelo repórter da revista Veja. E para que não confiem na impunidade.
Todavia, devido à situação do mercado de trabalho para jornalistas novatos e à morosidade da Justiça, pode-se ter certeza de que vem aí uma geração desses profissionais ainda pior do que a que atual. Talvez ainda venhamos a sentir saudade de gente como Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes ou Diogo Mainardi, pois a nova geração de jornalistas abriga legiões de jovens dispostos a fazer igual ou pior do que o enfant terrible da Veja.
—–
O único integrante do governo Fernando Henrique Cardoso que a mídia incomodou após deixar aquele governo foi o ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira. Contudo, após ser inocentado pela Justiça das acusações que sofreu, EJ (como era chamado à época das denúncias) foi brindado com um compungido pedido público de “desculpas” do colunista da Folha de São Paulo Clóvis Rossi, que lhe fizera algumas críticas anteriormente. Será que veremos acontecer a mesma coisa, caso José Dirceu também seja inocentado pelo Supremo Tribunal Federal?

sábado, 3 de setembro de 2011

Pode delirar, Veja. Só não pode delinquir.





* Postado no Blog da Cidadania- Eduardo Guimarães



Democracia é um sistema amplamente generoso e, portanto, perfeitamente suportável por qualquer pessoa normal. Por exemplo: você pode delirar à vontade desde que, com seus delírios, não invada o direito do outro e, sobretudo, da coletividade. É livre o direito à crítica, pois, conquanto o crítico saiba que, ao exercê-lo, arrisca-se a ultrapassar limites e a cometer calúnia ou difamação e, assim,  a ter que se sujeitar às conseqüências de seu ato.
Criticar além da conta, inventando fatos sobre o outro que você não pode provar que ocorreram tal como disse, é ruim e perigoso. Mas não é crime até que fique provado que não tinha razões suficientes para afirmar o que afirmou. Já agir de forma física contra alguém na ânsia de conseguir provar o que diz sobre ele, se você não for uma autoridade estará cometendo um crime. Tal ato não está coberto pelo direito democrático de se manifestar.
Se eu acho que você age desta ou daquela forma desonesta e digo isso publicamente, você pode até me processar. Mas só terei cometido crime se não conseguir provar o que disse sobre você. Agora, se eu, para juntar provas contra você, invado a sua casa, estou cometendo um crime e o fato de o acusar de ser o criminoso não me garante justificativa.
Na Inglaterra, o jornal The News of the World foi fechado e jornalistas estão sendo presos por terem feito exatamente o que fez o repórter Gustavo Pereira, da Veja. Ele, como seus congêneres britânicos, instalou equipamentos de monitoramento de imagens e/ou de áudio de pessoas sobre as quais queria informações.
Os britânicos, à esquerda e à direita, horrorizaram-se com o que fez o jornal de Rupert Murdoch porque são civilizados o suficiente para saberem que quando se instala o vale-tudo em uma sociedade, ninguém está a salvo. A injustiça que se faz a um é a ameaça que se faz a todos, diria o Barão de Montesquieu.
À luz desses fatos, chegamos ao “Day After” nas páginas da Veja – à edição posterior à da semana passada. Recebo trechos da reportagem desta semana daquela revista que versa sobre seu affair com José Dirceu – e que, diga-se, não saiu na capa. É um delírio de cabo a rabo. Contrasta com os últimos fatos de uma forma chocante, como demonstrarei a seguir.
A matéria diz que “Dilma Rousseff ficou surpresa ao saber que o presidente da Petrobras foi ao encontro do ‘consultor’ José Dirceu num quarto de hotel em horário de expediente – e logo depois de uma reunião com ela no Palácio do Planalto”.
É mesmo? Como a Veja sabe disso? Será que colocou câmeras ou escutas no gabinete da presidente no Palácio do Planalto ou, quem sabe, em seu dormitório no Palácio da Alvorada? Talvez, pior, tenha colocado um espião nos ambientes íntimos da presidente da República. Seria o mordomo?
De uma coisa, porém, é possível ter certeza: os fatos da semana passada deixam ver que a Veja usa esses métodos – ou tenta usar.
Já ao fim, o novo delírio da revista afirma que “A configuração [da mesa com Dilma, Lula e Dirceu no Congressso do PT, ontem] foi cuidadosamente pensada. Com a imprensa postada no fundo do salão, em qualquer foto da presidente inevitavelmente aparecerá Lula ao lado e Dirceu ao fundo. Lula, como era de esperar, elogiou Dirceu e criticou a imprensa. Dilma começou seu discurso saudando os presentes. Quando terminava, alguém na plateia gritou: ‘E o Zé Dirceu?’. A presidente, de maneira protocolar, saudou a presença do ‘companheiro José Dirceu’. Foi aplaudida pela claque. Aparências salvas, o conteúdo permanece imutável: Dirceu é mesmo um espectro”.
Essa bobagem não oferece a menor sustentação de que é real, mas gera uma questão: Dirceu não era o “Poderoso Chefão”? De uma semana para cá, com o PT se levantando em peso em sua defesa, virou “espectro”, é? Bem, não importa. O direito de delirar é livre e democrático, mas só até quando não faz o delirante ultrapassar aquela linha que separa a loucura da criminalidade. Aí ele tem que aguentar as consequências.

Justiça para José Dirceu




*Matéria publicada no Blog da Cidadania- Eduardo Guimarães

Este não é um texto em defesa de José Dirceu, mas em defesa do Estado Democrático de Direito, da verdade e da justiça. E, para defender esses valores pétreos das sociedades civilizadas, é preciso que se exija que o ex-ministro seja julgado e que o resultado desse julgamento seja respeitado – o que, se ocorrer, terá que gerar determinados desdobramentos.
Essa discussão ganha importância concomitantemente com a efervescente cerimônia de abertura do 4º Congresso do Partido dos Trabalhadores, ontem à noite em Brasília.
Sobre o evento, vale anotar, acima de que o PT, Lula e Dilma, unidos, deram mostras de apoio à regulação da mídia, que manifestaram claro apoio e solidariedade a Dirceu, além do presidente do partido, em uma demonstração clara de que repudiam a versão da revista Veja de que o ex-ministro seria um “conspirador” contra o atual governo e sua titular.
Aproveitando um momento em que, graças aos últimos acontecimentos, o PT e Dilma finalmente parecem ter abandonado as ilusões quanto à possibilidade de a grande mídia se portar com um mínimo de sensatez e, assim, decidido, ao menos retoricamente, adotar postura mais corajosa e assertiva, há que deixar claras as coisas sobre o caso de Dirceu.
Para quem não sabe ou não se lembra, Dirceu, junto com Lula, foi o responsável pela postura “pragmática” que fez o PT chegar ao poder. E como grande parte da estratégia que elegeu o ex-presidente em 2002 se deve ao ex-ministro, ele era, até 2005, o potencial candidato à sucessão de Lula em 2010.
Dirceu sempre disse que não foi cassado pelo que fez, mas pelo que representava. E, ainda hoje, conforme mostra a foto que o portal Globo.com usou para noticiar o Congresso do PT esse homem é alvo de um ódio da direita midiática muito maior do que ela dedica a Lula.
Sobre a foto, também vale comentar que expressa a opinião do veículo que a publicou. Qualquer ser humano, até o mais belo, pode ser fotografado de ângulo em que seja prejudicado e o Globo.com fotografou Dirceu por um ângulo e de uma forma em que ficou parecendo meio que demoníaco.
Vamos em frente. Dirceu teve sua carreira política interrompida sob denúncias que ainda terão seu mérito julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Até lá, emitir condenações ou absolvições contra ou a favor dele não passará de exercício de política partidária.
O que se espera, portanto, é que se faça justiça a Dirceu. Se for condenado, terá que arcar com a pena; se for absolvido, porém, terá direito a tudo o que lhe foi tirado. Nesta hipótese, deveria poder ocupar qualquer cargo público e disputar já a eleição de 2014. O Congresso Nacional deveria, então, absolvê-lo da perda de direitos políticos até 2016.
Não estou defendendo Dirceu, mas que a decisão da Justiça sobre ele seja respeitada seja ela qual for. Porque aqueles que tentam vender a idéia de que ele já foi julgado e condenado certamente tentarão desqualificar uma sua eventual absolvição. Nesse caso, este blog defenderá que seu direito seja respeitado assim como defenderia que fosse punido, se fosse condenado.
Pela coragem e história de José Dirceu, aqui não haveria hesitação em pregar que se candidate a presidente da República mesmo se for só em 2018. Ele tem o carisma e a liderança de que o Brasil precisa. Se as acusações contra si se mostrarem falsas graças a uma eventual absolvição pelo STF, terá o voto deste blogueiro em qualquer eleição que disputar.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Como aguentamos não fazer nada?



*Publicado no Blog da Cidadania- Eduardo Guimarães.


Duas coisas com as quais não me conformo: escrever sem trema e ter que assistir a este país ser esbofeteado por verdadeiras quadrilhas que, com dinheiro do povo doado pela ditadura militar, auferiram meios de manipular a vontade eleitoral dos brasileiros e as próprias instituições, para tanto se valendo de farsas como a que a revista Veja publicou em sua última edição.
Sinto-me um parvo tendo que me limitar a espernear neste blog. A cada nova farsa político-partidária das quatro famílias que controlam a mídia, percebo que só fazem isso porque ninguém toma atitudes além da de protestar na internet. Fico pensando se essa passividade dos que entendemos o que elas pretendem (reverter o processo de redistribuição de renda em curso no Brasil) não permitirá que tenham êxito.
A conduta da Veja é uma bofetada na sociedade brasileira. Uma farsa tão escandalosa como a que tentou tirar da cartola um escândalo baseado apenas em opiniões de uma empresa não deve ser avaliada pelo alvo, o ex-ministro José Dirceu, mas pelo que representa: uma corporação fabricar uma “realidade” a seu bel prazer e ao arrepio da lei.
Vejam bem: a questão não é Dirceu ou não Dirceu, mas o ato praticado contra ele. Até porque, não prejudicou só ao ex-ministro. Os hóspedes do hotel Naoum e até os proprietários do estabelecimento foram expostos aos métodos da Veja. Cada um de nós poderia estar entre essas pessoas.
Não sei como agüentamos não fazer nada além de cobrar de políticos covardes que tomem uma atitude e proponham leis para a comunicação que existem em todos os países civilizados mesmo sabendo que nada farão porque se borram de medo do poder que a ditadura militar concedeu a essas famílias midiáticas.
Sabem o que irá decorrer desse caso envolvendo a Veja e José Dirceu? Nada. O processo irá se arrastar na Justiça por anos a fio e o governo continuará fugindo da obrigação de dotar o país de uma legislação que impeça que um dono de um império de comunicação viole os direitos das pessoas, agindo como se tivesse mais direitos do que o resto da coletividade.
Não dá para aceitar mais que esse tipo de coisa continue acontecendo em um país que pretende se tornar uma potência social, econômica, cultural e até tecnológica. Enfim, um player global e uma terra de justiça e igualdade.
A covardia vai se consolidando como uma característica deste povo. Sempre estamos empurrando a terceiros as nossas responsabilidades. É muito bonito bradar contra aquilo que está errado, mas é patético fazer isso exclusivamente sentado diante de um computador.
E para quem, como este blogueiro, sabe como nossos vizinhos latino-americanos são corajosos e determinados, a situação é ainda mais intolerável.
Estou analisando caminhos para uma reação. Pode não dar certo, pois certamente será necessário que bastante gente se engaje e é justamente aí que a porca torce o rabo. Mas há que tentar. Sempre, mesmo correndo o risco de fracassar. Há que falar e escrever muito, sim, mas é imperativo tentar agir concretamente. Isso é exercício da cidadania.
Não podemos aceitar passivamente que essa gente, além de tudo, também se organize em movimentos para defender nas ruas os crimes das famílias midiáticas. Além de ter todos os grandes meios de comunicação, a direita midiática agora está se organizando para fazer sem causa o que deixamos de fazer tendo a melhor das causas.

Em defesa da CPMF para a saúde


Publicada no Blog do Nassif.


Por Marco Antonio L.
Prezado Nassif,

Tenho pensado sobre as coisas da saúde no Brasil. Bem, havia até 2007, a tal da CPMF que todos os brasileiros de classe média para cima reclamavam. Reclamavam do pagamento de 0,38% sobre toda a movimentação financeira.
Gostaria de saber se algum desses reclamantes, fez alguma conta de somar para saber, na ponta do lápis, quanto dispendeu desse valor, em um ano? Será que durante o recolhimenbto de toda a CPMF, no ano inteiro, esse valor seria o equivalente a um tanque de gasolina, um almoço com a família em uma churrascaria, uma compra de uma roupa/sapato/perfume/joias na boutique do shopping tal?

Verifiquem quanto custou esse imposto cobrado. Para muitos dessa classe média para cima,  possuem um plano de saúde particular. Não precisam e não utilizam da saúde pública do Brasil. Mas reclamam quando estão ajudando a maior parte da população brasileira. E o pior é que as classes A e B e o empresariado recalmam também. E, como o Presidente Lula disse, é o imposto mais barato do mundo. E,não se importam de pagar todos os outros impostos, muito mais caros, quando se compra um carro novo, zero quilômetro, um novo computador para substituir um outro que tem sómente 1 ano de uso, um roupinha de 300 pilas, um novo celular de 1.000 reais. De inúmeras viagens de turismo para o Brasil e para o exterior.
Nâo reclamam, nem um segundo se quer, que estão pagando 30% a 40% de impostos(ou mais). E, não reclamam que estão dividindo esses valores para a riqueza pessoal dos fabricantes e donos de loja. Hipocrisia, preconceito, egoísmo. É o mundo de hoje.  Por apenas 0,38% de imposto. O sentimento mesquinhez predomina. Esse mínimo valor que pagamos, é destinado a salvar vidas. Não é destinado ao supérfluo. 0,38% de imposto para salvar vidas. Chega e ser muito triste. Apenas 0,38% de imposto para salvar vidas. Lamentável.