sábado, 27 de setembro de 2014

Marx se une a proletários do século 21 em minissérie argentina



Redação | Revista Debate | Buenos Aires - 26/09/2014 - 06h00


Na trama, filósofo alemão expõe ideias no bar e cativa jovem sindicalista

 



Um rapaz entra em um bar e senta-se no balcão. Leva um susto ao ver um homem de barba branca, tomando cerveja. “O que foi? Nunca viu Marx? Voltei para a Terra porque muito se fala sobre as minhas ideias, porém as estão desvirtuando...”

A cena é uma das viagens entre o passado e o presente que fazem parte da minissérie argentina “Marx voltou”. Trata-se de uma criação do coletivo audiovisual Contraimagen e do Instituto de Pensamento Socialista (IPS). Já foram gravados quatro capítulos com duração de 15 minutos cada um, e o quinto será publicado em breve. Desde o lançamento, os episódios já foram vistos por mais de 300 mil pessoas no YouTube, além de circular em universidades, centros culturais e partidos políticos na Argentina.

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“Burgueses e proletários”, “O mercado e as crises capitalistas”, “O Estado e a revolução” e “O comunismo” são os títulos dos quatro episódios, protagonizados pelo ator Carlos Weber, que já interpretou o filósofo alemão na montagem argentina da peça “Marx no Soho”, do historiador e dramaturgo norte-americano Howard Zinn. As ideias de Marx são expostas na minissérie com a ajuda de filmes antigos, achados audiovisuais na internet e animações, entre outros recursos.





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“Quando lançamos a série, alguém postou o seguinte comentário na internet: ‘É um produto inclassificável, porém muito bom’. Se você assistir como ficção, ela conta a história de um rapaz lutando pelos colegas que foram demitidos. E você pode nem se dar conta da transmissão das ideias marxistas. Nós misturamos essa história com ideias didáticas sem perder o eixo narrativo-ficcional”, disse Javier Gabino, responsável pela direção e montagem dos vídeos.

A minissérie está ambientada nos dias de hoje, no contexto de uma gráfica que começa a suspender e demitir seus funcionários. Martín (Martín Scarfi), um dos operários e protagonista da história, lê o “O manifesto comunista” e acaba se encontrando com Marx. Dessa forma, os episódios começam a mostrar, pela voz do autor de “O Capital”, as ideias revolucionárias sobre classes sociais, as crises, o Estado e o comunismo.

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“É impressionante a atualidade das ideias de Marx mundialmente, a partir da crise capitalista de 2008. São temas muito atuais e ainda mais pelo que se conhece por sindicalismo de base. Os que mais se interessaram foram parte de uma nova classe que procura novas respostas na Argentina. Nos últimos anos, a esquerda teve um avanço político e social bastante amplo”, acrescentou Gabino.


Tradução: Mari-Jô Zilveti

Texto publicado originalmente no site da Revista Debate, publicação argentina que trata de política, economia e cultura.


Fonte:http://operamundi.uol.com.br/conteudo/samuel/37981/marx+se+une+a+proletarios+do+seculo+21+em+minisserie+argentina.shtml

domingo, 21 de setembro de 2014

Por que o ódio ao PT?



Mais uma vez surge, nesta eleição presidencial, como fator determinante da escolha de uma porção da sociedade 

               
por Mauricio Dias publicado 20/09/2014 09:22


O ódio ao PT e aos petistas em geral é um eixo importante sobre o qual também gira a campanha presidencial de 2014.

Esse sentimento antigo, manifestado abertamente por adversários de influência forte no eleitorado de oposição, permanece em estado latente e se manifesta mais claramente nas “guerras” presidenciais. Em tempos de “paz” é cochichado pelos cantos do Congresso e, igualmente, em reuniões sociais onde não há preocupação em expor preconceitos.

Nesses salões mais elegantes, os petistas são tratados de corja.

Recentemente, o asco jorrou surpreendentemente da boca do senador Aécio Neves, um mineiro até então pacato com os adversários políticos. A competição acirrada fez o candidato a presidente pelos tucanos sair dos seus cuidados.

“Sei que não vou ganhar. Minha luta é contra o continuísmo dessa gente. É contra isso que vou lutar”, confidenciou a Jorge Bastos Moreno, de O Globo. Isso, ainda no início de campanha, revelou o jornalista.

Reação incomum a do mineiro Aécio Neves, neto de Tancredo.

A tradicional cordialidade na sociedade mineira, por exemplo, aproximou o tucano Aécio do petista Fernando Pimentel. Em 2008, firmaram a aliança, com resistências no PT, para eleger o prefeito de Belo Horizonte. Acordo repudiado pelos petistas mineiros.

Na política, excetuadas as exceções, os adversários não são tratados como inimigos. Sabem que amanhã será outro dia e poderão estar no mesmo palanque.

O ódio embutido na frase de Aécio Neves tem explicação e antecedentes. Alguns bem mais explosivos e de maior violência verbal. 

Em 2006, o senador Jorge Bornhausen (PFL-DEM) lançou uma provocação violenta contra a reeleição de Lula: “Vamos acabar com essa raça. Vamos nos livrar dessa raça por, pelo menos, 30 anos”. Falhou na previsão, como se sabe.  Essas são algumas das raízes que fazem o ódio aflorar no processo eleitoral deste ano de forma mais transparente. O sentimento espalhou-se por uma parte considerável do eleitorado. De alto a baixo.

Para derrotar Dilma, um grande contingente de eleitores tucanos trocou de camisa. Optou por Marina. Aécio em poucos dias foi desidratado. Ele chegou a ter 23% das intenções de voto. Mas empacou. Dilma aproximou-se muito da possibilidade de vencer no primeiro turno. Aproximadamente, 30% dos eleitores formavam o grupo dos indecisos ou mostravam a intenção de votar em branco ou nulo.

O imprevisto jogou Marina na disputa. Ela rapidamente superou Aécio, que caiu para 15% das intenções de voto. Voltou a subir a 19% segundo o Ibope.

Trocar Aécio por Marina não é, efetivamente, resultado político adequado pelos critérios políticos mais tradicionais. A troca de candidato, no entanto, é fruto do medo de uma nova vitória do PT, cujo compromisso social assusta parte da sociedade com dificuldade de conviver com pobres.

Essa porção de privilegiados assusta-se com um pouco mais de igualdade. Da fonte do medo também brota o ódio.


Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/818/por-que-o-odio-ao-pt-5795.html

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Como Dilma resiste a mais de dois anos de pancadaria





Em meio a toda sorte de críticas e ataques, pela direita e à esquerda, na política, economia e administração do governo, presidente Dilma Rousseff resiste e cresce nas pesquisas; eppur si muove; mesmo sob a névoa de cobertura francamente de oposição na mídia tradicional e com inimigos nos clãs mais ricos da bilionária comunicação brasileira; institutos convergem em colocar Dilma no caminho dos 40% de intenções, cerca de dez pontos adiante de Marina Silva, do PSB; sobre a 2ª volta, aferições informam fim da larga vantagem da adversária e o estabelecimento de empate técnico; base de sustentação é atribuída ao efeito dos programas sociais como Bolsa Família, mas só eles seriam mesmo capazes de trazer Dilma sã, salva e forte até aqui?; há mais




Marco Damiani, 247 - Tratada como fenômeno, a verdadeira surpresa da eleição presidencial até aqui, no sentido de ter mais e crescente confiança da opinião pública neste primeiro turno, não é, já se sabia desde a semana passada, Marina Silva. Falta, porém, os adversários reconhecerem, o que é duro, que esse fenômeno é mesmo a presidente Dilma Rousseff.

Quem tem conseguido resistir e, para irritação dos que lhe são contra, ainda avançar diante da maior saraivada de críticas e ataques despejada diariamente nos veículos de comunicação de maior faturamento publicitário do País pelo menos nos últimos dois anos? Nenhuma pessoa de presidente da República, a não ser pelos exemplos históricos dramáticos de Getúlio Vargas, em 1954, e Jango Goulart, em 1961, apanhou tanto da mídia quanto Dilma. Com a diferença que ela tem sofrido por mais tempo e a partir de máquinas bilionárias com altíssimo poder de destruição. E, repita-se, ela está de pé.

A simples atribuição de todas e cada uma das forças da presidente ao programa Bolsa Família, com 14 milhões de beneficiários, não explica o verdadeiro fenômeno de resiliência que ela encerra. Dilma não tem interlocutores éticos na cúpula da pirâmide patronal da mídia, mas vai sabendo, como primeiro anotou, em 247, o editor Paulo Moreira Leite, voltar ao seu estado natural de favorita à vitória,mesmo após todas as iniciativas para a deformação de sua imagem.

Para quem só acredita em números de pesquisas, ainda que estas tenham apresentado falhas grosseiras nas eleições municipais de 2012, todas convergem para colocar Dilma numa posição, longe de ser confortável, perto da que os adversários não queriam. Vai se lembrar que, se Dilma jamais baixou de 30 pontos nas pesquisas para primeiro turno, também faz tempo que não apresenta 40. No momento, porém, tanto Datafolha como Ibope apresentam a presidente com seu caminhão de campanha na direção de voltar ao patamar inicial. Um subido íngreme, mas que a campanha do PT está sabendo, sem grandes retrocessos, escalar.

Em janeiro do ano passado,  os veículos conhecidos genericamente como 'formadores de opinião' associaram em suas capas, manchetes e matérias de televisão e rádio Dilma à "inflação do tomate". Montagens, charges, caricaturas, editorialistas, economistas e fontes de toda espécie se somaram, então, no maior movimento de depreciação que um governo que manteve a inflação dentro da meta e a taxa de desemprego em níveis históricos de baixa já havia sofrido. Neste e em muitos outros medidores macroeconômicos, Dilma e seu governo entregaram resultados absolutamente razoáveis e facilmente compreensíveis dentro do contexto global, mas não houve taxa ou percentual que barrasse a onda crescente de notícias escolhidas a pior, projeções catastrofistas e análises que não se combinaram com a realidade.

De Dilma e seu governo, voz corrente entre os analistas, tem o País o Ministério mais fraco de todos os tempos, na expressão cunhada pelo 'pauteiro' José Serra. As escolhas políticas da presidente são acusados de serem, sempre, as piores. Os programas sociais de seu governo sofrem boicote. Basta lembrar, neste sentido o que se passou com a repercussão dada aos achincalhes ao Mais Médicos – além da vigilância crítica permanente sobre o mundialmente reconhecido programa Bolsa Família. Vitórias globais de Dima foram minimizadas, como a a eleição, por articulação pessoal da presidente, do brasileiro Roberto Azêvedo para o comando da OMC.

Ou a resposta dura dada ao presidente Barack Obama por espionar o governo, as empresas e os cidadãos brasileiros. Isso tudo, assim como espetacular e brilhantemente executada manobra de criação do Novo Banco de Desenvolvimento, com verbas de US$ 100 bilhões dos Brics. Um ou outro inevitável elogio, e olhe lá, foram dados com saliente má vontade. Percalços nacionais, com a mão pesada de quem bate, foram amplificados. Foi assim que uma ofensa  contra Dilma na abertura da Copa do Mundo, feita a partir do setor de camarotes, ganhou dimensão nacional por dias a fio.

EPPUR SI MUOVE - Tudo foi contra Dilma. E tudo continua contra ela. Eppur si muove. Num país que, a cada eleição, fica cada vez mais dependente das pesquisas de opinião de precisão discutível para entender o presente e projetar o futuro, a presidente está ganhando no critério que mais se leva em consideração: as próprias pesquisas.

Já está ocorrendo de um contingente em ascensão acreditar que Dilma é uma boa presidente e uma candidata extremamente competitiva.  Se mostrou ter 'casca grossa' para chegar sã e salva até aqui, como evitar devolver a ela o favoritismo que sempre exibiu?


Fonte: http://www.brasil247.com/+r2j18

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Lewandowski: a sagração de um homem justo




Daqui a pouco o Ministro Ricardo Lewandowski assumirá a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal). Para sua posse, estima-se um público recorde; e um respeito recorde pela sua pessoa. Os jornais o tem tratado com deferência surpreendente, entre seus pares há uma sucessão de elogios e um sentimento de alívio, pela volta da presidência do STF aos trilhos do bom senso e da fidalguia.

São dois tempos distintos: o da repercussão inédita do julgamento da AP 470 e os novos tempos, pós Joaquim Barbosa. Parece que tudo mudou. Ministros boquirrotos retornaram à discrição, o espírito alucinado de linchamento esgotou-se, aposentou-se o Torquemada do Supremo.

Apenas o discreto Lewandoski não mudou.  É o mesmo agora e  dos tempos de tempestade, quando se viu no meio de um turbilhão inédito, atacado por uma turba de linchadores alimentada pela mídia, uma atoarda tão selvagem que intimidou a todos.

De um lado a turba sendo insuflada por colunistas alucinados, com os jornais cooptando advogados oportunistas, oferecendo-lhes visibilidade, utilizando  todas as armas, do desrespeito amplo aos Ministros que não se enquadravam às suas ordens, à lisonja mais abjeta àqueles que se curvavam à sua orientação, querendo submeter tudo ao seu poder avassalador.

Valeram-se de todos os recursos. Os que se enquadravam no jogo - como Celso de Mello, na primeira fase - eram premiados com holofotes e promessas de entrar para a história. Tolo!, julgando que o passaporte para a história estaria na manchete vã de um jornal ou na capa de uma revista escatológica. Os que não se enquadravam - como Celso de Mello na segunda fase - punidos com capas e manchetes desabonadoras.

Quase todos vacilaram, cederam, calaram-se. Procuradores, desembargadores, Ministros, advogados assistiam à explosão da selvageria, ao atropelo dos princípios básicos da sua profissão, dos seus valores, e nada faziam. Alguns até se indignavam nos ambientes restritos, mas nenhum ousou insurgir-se contra o clamor dos bárbaros.

A Justiça ficou indefesa, sendo estuprada em público por vândalos de toda espécie.
Nesse vendaval de baixarias, sobressaiu a figura extraordinária de Lewandowski, não cedendo, não se rebaixando mesmo sendo ofendido em público, em aeroportos, nas ruas, sendo atacado por reportagens da infame revista Veja.

Não tinha o perfil dos heróis ou vilões que a mídia traça para seus personagens, o bufão explosivo, o vingador de capa preta, o vilão a ser destruído. Tinha o ar tranquilo de lente dos velhos tempos, educado, cerimonioso.

Os estúpidos julgavam que a coragem está no grito, na bazófia. Não entendiam que os verdadeiramente corajosos são os mansos, que se escudam em princípios e na força interna.
Lewandowski foi o único que resistiu. Agarrou-se à sua bóia emocional - a família -, mas não esmoreceu. Enquanto alguns dos seus pares esbaldavam-se em banhos de sol públicos sob os refletores da mídia, em um deslumbramento incompatível com a idade e com o cargo, Lewandowski não abriu mão de seu direito de julgar de acordo com sua consciência. Enfrentou as vaias, o deboche, as insinuações. E não cedeu.

Naqueles tempos bicudos, a cara do Supremo tornou-se a de Gilmar Mendes, de Luiz Fux, de Joaquim Barbosa, o último pelo menos tendo o álibi de uma obsessão não oportunista.

Nem se pense que, no julgamento da AP 470, Lewandowski foi benevolente para com os acusados. Condenou quando julgou que devia condenar e acatou atenuantes, quando sua consciência assim  recomendou. Acima de tudo, defendeu a dignidade da Justiça.

Agora, assume a presidência do Supremo sob aprovação geral.

Varre-se para baixo do tapete, guarda-se no baú da vergonha nacional - e lacra-se para que seu fedor não se espalhe - o massacre a que foi submetido nesses tempos de obscurantismo.

Dia desses, seu colega Luís Roberto Barroso proferiu uma aula sobre a mídia, no Tribunal de Justiça de São Paulo. Abordou temas diversos de privacidade, a atriz flagrada na praia, o ator que teve a vida devassada e outras banalidades da indústria do entretenimento. Passou ao largo do episódio Lewandowski.

O tabu continua. Mas a opinião pública sabe que, na presidência do STF, agora, existe um Ministro que não se curva ao clamor das ruas e às capas das revistas.


Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/lewandowski-a-sagracao-de-um-homem-justo

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Portais boicotam pesquisa em que Dilma empata com Marina no 2º turno



Pouco antes das 11 horas de 9 de setembro de 2014 o site da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou a “121ª rodada da pesquisa CNT/MDA”. Segundo essa pesquisa, Dilma e Marina voltam a ficar empatadas em segundo turno.

Na 120ª rodada da pesquisa, divulgada em 27 de agosto, Marina tinha 43,7% e Dilma, 37,8%. Pela margem de erro de 2,2 pontos das pesquisas CNT/MDA, na pior hipótese para Marina ela teria 41,5% e Dilma, 40%. Ou seja, a pessebista vencia a petista fora da margem de erro.

13 dias depois, a 121ª rodada CNT/MDA mostra que, na mesma simulação de 2º turno, Marina subiu 2 pontos (dentro da margem de erro, de 2,2 pontos), para 45,7%, e Dilma subiu 4,9 pontos (bem acima da margem de erro), para 42,7%.

A distância entre Dilma e Marina no segundo turno, portanto, caiu de 5,9 pontos percentuais para 3 pontos (fora da margem de erro).

A pesquisa é excelente para Dilma porque, além de voltar à situação de empate técnico no 2º turno, a pesquisa MDA confirma as pesquisas Ibope e Datafolha da semana passada, que já mostravam tendência de queda da vantagem de Marina sobre Dilma em 2º turno.

Porém, a pesquisa CNT/MDA mostra expressiva queda da vantagem de 7 pontos de Marina sobre Dilma no 2º turno que as últimas pesquisas Ibope e Datafolha mostraram. Naquelas pesquisas da semana passada, a vantagem da pessebista caíra de 10 para 7 pontos.

Apesar de bombástica, a notícia foi boicotada nas homes de UOL e G1 e na do Estadão foi publicada, mas manchete inverteu o fato mais importante da pesquisa.

O Estadão destacou que a “vantagem de Dilma sobre Marina caiu no 1º turno” em detrimento do fato de que a vantagem de Marina sobre Dilma praticamente sumiu no 2º turno, o que é o fato mais importante.

Apesar de a home do site da Folha de São Paulo ter noticiado que Dilma empatou com Marina no segundo turno, só assinantes podem ler as matérias ali publicadas. O portal UOL, que tem muito mais acessos por ter conteúdo que qualquer um pode acessar, não publicou a notícia até, pelo menos, as 13:30 hs. da terça-feira 9 de setembro.

O que impressiona mais, porém, são os portais controlados pela Globo. O G1 e o site de O Globo, até o mesmo horário acima citado, não haviam publicado notícia nenhuma sobre a pesquisa CNT/MDA.

Apesar de previsível, vale registrar que o site da Veja também se recusou a publicar pesquisa que mostra reação consistente de Dilma na eleição. Os portais IG, Terra e R7 divulgaram a pesquisa. Os dois primeiros colocaram a notícia na home; o portal R7, da Record, não.

Diante do exposto, o Blog prevê forte reação da mídia contra Dilma. Contudo, o estoque de ataques possíveis caiu muito. A “delação premiada” que Veja vazou ilegalmente atinge Marina tanto quanto Dilma e o terrorismo econômico já fez o que pôde.

Vai se cristalizando boa reflexão do eleitorado. O moralismo de Aécio, apesar dos problemas éticos dele e de seu partido, e as propostas preocupantes de Marina, além dos questionamentos éticos que sofre, sinalizam à população que melhor mesmo é ficar com o que tem.


Fonte: http://www.blogdacidadania.com.br/2014/09/portais-boicotam-pesquisa-em-que-dilma-empata-com-marina-no-2o-turno/