sábado, 24 de janeiro de 2015

Cristina somos todos

 

Cristina somos todos porque todos os nossos países são vítimas de manipulações torpes como essa de que hoje é alvo Cristina Kirchner e a democracia argentina.
 
 Por Emir Sader em 24/01/2015 às 05:29

 
 

Emir Sader


         
 “Excelentíssimos cadáveres”, o notável filme do recém falecido diretor italiano Francesco Rosi, passado na Sicília, já apontava para a manipulação de cadáveres em circunstâncias políticas. Se investigamos a história política da América Latina, nos deparamos muitas vezes com essa mistura macabra de mortos e política.

 A própria vitória eleitoral de Salvador Allende, em 1970, no Chile, foi colocada em risco pela aparição, morto, do Comandante em Chefe das FFAA, numa tentativa desesperada dos golpistas de impedir a posse do presidente socialista. Mais recentemente, quando se encaminhava a vitória da Dilma no primeiro turno das eleições, um até hoje não esclarecido acidente de avião provocou a morte de um candidato e a colocação de outra na disputa, redistribuindo as cartas do baralho e quase levando à vitória da direita.          

A Argentina é o novo cenário desses “excelentíssimos cadáveres”. Tudo muito suspeito, como convem à manipulação política de circunstâncias como essas. Se tudo fosse claro, não se prestaria às manipulações dos que querem pescar em águas turvas.

Todas as manipulações apontam para a Cristina, por tudo o que ela representa. Os que levaram a Argentina à pior crise da sua historia, não se resignam a que o país foi resgatado por governos populares, que não se contentaram em retomar o crescimento econômico, mas que o fizeram redistribuindo renda, retomando a trajetória dos governos populares argentinos.

Não perdoam a Cristina ter protagonizado esse resgate, ter sobrevivido às mobilizações golpistas dos produtores de soja de 2007, à própria morte do seu companheiro, Nestor Kirchner, à ofensiva covarde dos fundos abutre. Não se perdoa que uma mulher tenha enfrentado, com altivez, as agressões torpes da mídia, machistas, grosseiras, como corresponde a uma direita complacente com os crimes do terrorismo de Estado.

 Não perdoam a Cristina e a Nestor ter reaberto os processos contra os responsáveis pelos crimes de Estado. Não lhes perdoam o reencontro de mais de 100 netos, filhos de militantes opositores à ditadura, que além de assassinados, tiveram seus filhos sequestrados, no pior crime humanitário que conhecemos.

 Cristina somos todos, porque resistimos juntos às ditaduras militares, solidários na luta, nos sofrimentos, nas perdas, na sobrevivência e na recuperação da democracia. Cristina somos todos porque todos os nossos países são vítimas de manipulações torpes como essa, que hoje são contra a Cristina, contra a democracia argentina, contra as conquistas sociais do seu povo, da sua soberania internacional.        

A uma direita que nem sequer consegue ter lideres que os una contra o governo popular de Cristina, lhe doi a liderença da Presidenta da Argentina, sua dignidade, seu vinculo direto com o povo e com a historia de lutas dos argentinos.
   
Cristina somos todos, porque todos os que lutamos por países justos, solidários, soberanos, dignos, estamos com Cristina e com os argentinos, também nesta hora. Somos todos.
 
 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Contra barbárie, Austrália também se une ao Brasil




Depois da Holanda, é a vez de a Austrália repudiar a pena de morte na Indonésia; "O governo australiano é contra a pena de morte em todas as instâncias e tem sido uma posição consistente de todos os governos há muitos anos e, por isso, somos contra uma situação em que cidadãos do país estejam prestes a ser executados", disse a ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop; no Brasil, governo Dilma foi alvo de críticas por tentar livrar um brasileiro do corredor da morte, executado no último sábado; defesa quer agora internar Rodrigo Gularte, também condenado à morte no país, para que não seja executado




247 – Depois da Holanda, que se uniu ao Brasil neste fim de semana contra a pena de morte na Indonésia, onde um brasileiro foi executado no último sábado 17, agora é a vez de o governo australiano se manifestar contra a barbárie. Brasil e Holanda convocaram seus embaixadores. "É um castigo cruel e desumano", declarou o ministro das Relações Exteriores holandês, Bert Koenders.

Hoje, a ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, classificou a pena de morte como aberração. A Indonésia tem dois australianos no corredor da morte. O Brasil foi criticado por tentar livrar da morte o brasileiro Marco Archer, sem sucesso. A defesa do também brasileiro Rodrigo Gularte tenta agora interná-lo em um hospital psiquiátrico às pressas a fim de livrá-lo do fuzilamento.

Leia abaixo reportagem da Agência Brasil sobre a declaração da Austrália sobre a pena de morte:

Chanceler australiana considera pena de morte uma aberração

Da Agência Brasil - A ministra australiana dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, classificou hoje (19) a pena de morte uma aberração e disse que lutará até o fim pela vida dos dois australianos que estão no corredor da morte por narcotráfico na Indonésia.

"O governo australiano é contra a pena de morte em todas as instâncias e tem sido uma posição consistente de todos os governos há muitos anos e, por isso, somos contra uma situação em que cidadãos do país estejam prestes a ser executados", disse.

Os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan estão no corredor da morte na Indonésia onde, no sábado (17), foram executados, por fuzilamento, seis condenados por tráfico de droga, entre eles o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos. Ele foi o primeiro brasileiro executado por crime no exterior.

A execução do brasileiro criou uma crise diplomática entre Brasil e Indonésia. A presidenta Dilma Rousseff – que chegou a fazer um apelo ao presidente indonésio Joko Widodo para que Archer não fosse morto -, se disse "consternada" e "indignada" e convocou para consultas o embaixador do Brasil em Jacarta. No meio diplomático, a medida representa uma espécie de agravo ao país no qual está o embaixador. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a execução causa "uma sombra" na relação entre o Brasil e a Indonésia.

O governo indonésio tem recusado, até o momento, qualquer pedido de clemência para os condenados à morte.

*Com informações da Agência Lusa


Fonte: http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/167001/Contra-barbárie-Austrália-também-se-une-ao-Brasil.htm

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Pepe Escobar: 2015 será o ano de Irã, China e Rússia






Por Pepe Escobar*, em Sputnik, via Rede Castor Photo

Apertem os cintos. 2015 virá como redemoinho que porá China, Rússia e Irã contra o que tenho chamado de Empire of Chaos [Império do Caos].

Assim sendo, sim – tudo terá a ver com novos movimentos na direção da integração da Eurásia, com os EUA progressivamente empurrados para fora da Eurásia. Veremos um complexo intercurso geoestratégico, progressivamente minando a hegemonia do dólar dos EUA como moeda de reserva e, principalmente, do petrodólar.

Por maiores que sejam os desafios que os chineses enfrentam, tudo em Pequim indica fortemente sinais indiscutíveis de superpotência autônoma, autoconfiante, já plenamente desabrochada. O presidente Xi Jinping e os líderes atuais continuarão a investir pesadamente na urbanização e na luta contra a corrupção, incluindo os mais altos escalões do Partido Comunista da China (PCC).

Internacionalmente, os chineses acelerarão o movimento na direção das novas “Rotas da Seda” – por terra e por mar – que coroará a estratégia chinesa máster, de longo prazo, de unificar a Eurásia com comércio e negócios.

Os preços globais do petróleo continuarão, ao que tudo indica, baixos. E estão abertas as apostas sobre se haverá ou não acordo nuclear entre o Irã e o P5+1 ainda nesse verão. Se as sanções (de fato, é guerra econômica) contra o Irã forem mantidas e continuarem a ferir seriamente a economia do país, a reação de Teerã será firme e com certeza incluirá integração ainda maior com a Ásia, não com o “ocidente”.

Washington sabe perfeitamente que não é possível chegar a acordo amplo com o Irã sem ajuda da Rússia. E seria o único – repito: o único – sucesso da política exterior do governo Obama. Um retorno à histeria de “bombardeiem o Irã” só agradaria aos proverbiais suspeitos neoconservadores de sempre. Fato é que, não por acaso, os dois países, Irã e Rússia são hoje alvos de sanções ocidentais. Não importa como foi planejado, fato é que o colapso financeiro/estratégico dos preços do petróleo é ataque direto contra (e contra quem seria?) Irã e Rússia.

A tal guerra derivada

Examinemos alguns fundamentos da economia russa: a dívida pública do governo Putin mal alcança 13,4% do PIB. O déficit em orçamento em relação ao PIB é de apenas 0,5%. Se assumirmos um PIB norte-americano de US$16,8 trilhões (número de 2013), o déficit em orçamento dos EUA alcança 4% do PIB, versus 0,5% para a Rússia. O Fed é, de fato, corporação privada que pertence a bancos privados regionais dos EUA, embora se faça passar por instituição do Estado. A dívida dos EUA alcançou, no ano fiscal de 2014, estonteantes 74% do PIB. Na Rússia, é de apenas 13,4%.



Variação do preço do Brent e do Rublo até 12/2014
 
A declaração de guerra econômica pelos EUA e pela União Europeia contra a Rússia – via ataque ao rublo e ataque derivado ao petróleo – foi essencialmente ataque a derivativos. Em teoria, os derivativos podem ser multiplicados ao infinito. Operadores de derivativos atacaram simultaneamente o rublo e os preços do petróleo, para destruir a economia russa. Problema é que a economia da Rússia é mais firmemente financiada que a economia dos EUA.
 
Considerando que o movimento de ataque foi concebido como um xeque-mate, a estratégia de defesa de Moscou não foi tão ruim quanto os EUA haviam previsto que seria. No front de energia, o problema continua a ser problema do ocidente, não da Rússia. Se a União Europeia não comprar o que a Gazprom tem para vender, a União Europeia desaba.

O erro chave de Moscou foi permitir que a indústria doméstica fosse financiada do exterior, dívida denominada em dólares. É coisa como uma dívida-armadilha-monstro, que pode ser facilmente manipulada pelo ocidente. O primeiro passo em Moscou teria de ter sido supervisionar de perto os próprios bancos.

Empresas russas teriam de tomar empréstimos domésticos e vender produtos no exterior. Moscou também teria de considerar a possibilidade de implementar um sistema de controle da moeda, de modo que a taxa básica de juros possa ser derrubada rapidamente.

E não esqueçamos que a Rússia sempre pode declarar uma moratória de dívida e juros, coisa como mais de US$ 600 bilhões. Sacudiria todo o sistema bancário mundial, até o âmago. Coisa como indisfarçada “mensagem” para forçar a guerra econômica movida por EUA-EU a dissolver-se.

A Rússia não carece de nenhuma matéria-prima que tenha de ser importada. A Rússia é capaz de facilmente fazer a engenharia reversa de virtualmente toda e qualquer tecnologia importada de que precise. Mais importante que tudo, a Rússia pode gerar – da venda de matérias-primas – crédito suficiente em EUA-dólares ou em euros. Pode acontecer de a venda da riqueza energética russa declinar – ou de sofisticados equipamentos militares. Mas sempre será gerada a mesma quantidade de rublos – porque o rublo também declinou.

Substituir importações por produto doméstico russo faz total sentido. Haverá uma inevitável fase de “ajuste” – mas não demorará muito. Fábricas de carros alemães, por exemplo, já não podem vender seus carros na Rússia, por causa da queda do rublo. Significa que terão de trazer as fábricas para dentro da Rússia. Se não se “relocalizarem”, a Ásia inteira, da Coreia do Sul até a China – os varrerá para fora do mercado.

Urso e dragão à espreita

A declaração de guerra econômica da União Europeia contra a Rússia, essa, não faz sentido algum. A Rússia controla, diretamente ou indiretamente, a maior parte das reservas de petróleo e gás natural que há entre Rússia e China: praticamente 25% da oferta mundial. Tudo sugere que o Oriente Médio continuará em total confusão. A África é instável.

A União Europeia está fazendo tudo que pode para se separar de seu mais estável fornecedor de hidrocarbonetos, facilitando o processo para que Moscou redirecione sua energia para a China e o resto da Ásia. É presente caído dos céus para Pequim – que minimiza o perigo de a Marinha dos EUA vir com “contenções” por alto mar.

Ainda assim, um axioma jamais dito em Pequim é que os chineses permanecem extremamente preocupados com o risco de o Império do Caos perder cada vez mais e mais o controle, e pôr-se a ditar os termos mais tempestuosos na relação entre União Europeia e Rússia. Resumo dessa ópera é que Pequim jamais, em nenhum caso, se deixará prender numa posição na qual os EUA possam interferir nas importações de energia para a China. Foi exatamente o que aconteceu com o Japão, em julho de 1941, quando os EUA declararam guerra ao impor um embargo ao petróleo, que cortou 92% das importações japonesas de petróleo.

Todos sabem que a exigência chave, que gerou a espetacular avançada no poder industrial chinês, foi que os fabricantes teriam de produzir na China. Se a Rússia fizer o mesmo, sua economia estará crescendo acima de 5% ao ano, em pouco tempo. Pode até crescer mais, se o crédito bancário for necessariamente combinado a investimento produtivo.



 Rússia – Reservas em ouro – 11/2014
 


China – Reservas em ouro – 11/2014
 
Agora imaginem Rússia e China investindo conjuntamente numa nova união monetária apoiada em ouro, petróleo e recursos naturais, como alternativa crucial ao modelo fracassado de “democracia & dívida” que os Masters of the Universe de Wall Street, o cartel ocidental dos bancos centrais e políticos neoliberais meteram goela abaixo do ocidente.

Poderiam mostrar ao Sul Global, para começar, que financiar a prosperidade e melhorar padrões de vida acorrentando gerações futuras aos grilhões da dívida nunca foi pensado como “método” para dar certo.

Até lá, haverá sempre uma tempestade ameaçando a própria vida de cada um de nós – hoje e amanhã. O combo Masters of the niverse/Washington não desistirá de sua estratégia de fazer da Rússia um Estado pária, separado do comércio, proibido de transferir fundos, alijado dos mercados de banking e de crédito ocidentais e, nessas condições, perfeito para ser submetido a “mudança de regime”.

Mais adiante, se tudo sair conforme o planejado, eles mudarão de alvo e tentarão atacar (e quem mais seria?!) a China. Pequim sabe disso. Enquanto isso, esperem algumas bombas bombásticas, para abalar as fundações da União Europeia.

O tempo está acabando – mas para a União Europeia, não para a Rússia. E, seja como for, a tendência principal não será mudada: o Império do Caos está, lenta mas firmemente, sendo ejetado para fora da Eurásia.



* Pepe Escobar (1954) é jornalista, brasileiro, vive em São Paulo, Hong Kong e Paris, mas publica exclusivamente em inglês. Mantém coluna (The Roving Eye) no Asia Times Online; é também analista de política de blogs e sites como: Sputinik, Tom Dispatch, Information Clearing House, Red Voltaire e outros; é correspondente/ articulista das redes Russia Today, The Real News Network Televison e Al-Jazeera. Seus artigos podem ser lidos, traduzidos para o português pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu e João Aroldo, no blog redecastorphoto.


Fonte: http://www.revistaforum.com.br/rodrigovianna/geral/pepe-escobar-2015-sera-o-ano-de-ira-china-e-russia/

domingo, 4 de janeiro de 2015

Fenômenos Paranormais no metrô de Londres

 
 
 
 
 
Con 145 años de antigüedad y más de 250 Km de longitud, el metro de Londres es el más grande, antiguo y misterioso del Mundo, en su subsuelo han muerto en su historia miles de personas y se han extraído enormes cantidades de cuerpos humanos en sus respectivas ampliaciones.
 
Con ese espectacular bagaje, en el Metro de Londres se suceden los fenómenos paranormales con mucha asiduidad, no son pocos los usuarios que han visto espectros, sentido presencias, o escuchado ruidos imposibles o fuera de su tiempo entre otras anomalías inexplicables.
 
Un cementerio vivo que día a día sigue usándose por millones de personas, solo en 2007, más de mil millones de almas utilizaron sus servicios y el misterio en su subsuelo se sigue produciendo.
 
 
 
 
 




Fonte: http://www.mundodesconocido.es/fenomenos-paranormales-en-el-metro-de-londres.html