sábado, 23 de junho de 2012

Depois a mídia reclama quando é chamada de PIG






Depois a mídia reclama quando é chamada de PIG (Partido da Imprensa Golpista). Seu previsível comportamento no que tange ao golpe de Estado “constitucional” no Paraguai, porém, reforça o estereótipo que ela construiu para si mesma ao longo de sua história de apreço pelas rupturas institucionais aqui e em outros países governados pela esquerda.

O grau de amor ao golpismo que se está vendo na mídia brasileira vai do apoio envergonhado da Folha de São Paulo ao apoio desavergonhado dos pistoleiros da Globo. Todos, porém, encarregados de vender ao país a teoria de que haveria algum mínimo resquício de legalidade no processo que derrubou o governo legitimamente eleito do país vizinho.

A Folha, em editorial, constata o óbvio, que o processo não obedeceu aos ritos legais aceitáveis em um processo dessa natureza, mas prega a consolidação do golpe afirmando que “Cumpre ao Brasil respeitar a soberania do Paraguai” aceitando a defenestração de um governo constitucional em um rito sumário imoral, para dizer o mínimo.

Já a Globo, mais descarada, põe Arnaldo Jabor e Merval Pereira para defenderem o golpismo à paraguaia. Os “pensamentos” desses dois se aliam aos de setores da classe política brasileira como o que integra o vice-presidente nacional do DEM, o baiano José Carlos Aleluia, que comemorou o golpe “constitucional” no Paraguai e insinuou que pode se reproduzir aqui.

O comentário de Jabor no Jornal da Globo de sexta-feira (22.06) é o mais emblemático das perversões políticas que acalenta essa meia dúzia de impérios de comunicação daqui e, também, de outros tantos países latino-americanos que vivem sob permanentes ameaças à democracia. Abaixo, a íntegra de um comentário que resume a grande mídia brasileira.

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Jornal da Globo
23 de junho de 2012
Comentário de Arnaldo Jabor
Na América Latina existe uma mistura de populismo com slogans de uma velha esquerda enterrada desde a queda do muro de Berlim – autoritarismo disfarçado de democracia.
Assim vive a Venezuela do Chávez, a Bolívia “cocalera” de Morales, a Argentina de Cristina “botox” e o Paraguai, em que o ex-bispo Lugo prometeu reforma agrária para os sem-terra, mas também esmagou o santuário dos guerrilheiros do povo por ter sido acusado de protegê-los.

Tá confuso entender isso, não é? Mas é o Paraguai, é uma caricatura desse esquerdismo-direitista latino. Um exemplo é o próprio bispo católico Lugo, que teve vários filhos ainda de batina roxa, pregando castidade com sexo. Agora em junho, ele atacou os sem-terra, que o elegeram. Morreram policiais e camponeses.

Criticado pelos dois lados, Lugo chamou a oposição para o governo. Aí a mistura entornou e o bispo sem batina foi “impichado” pelo congresso como está previsto na constituição do Paraguai.
Agora a polêmica: foi golpe ou impeachment legal? Os tiranetes latinos já gritam “golpe!”. Mas golpe de quem, da esquerda ou da direita? Uísque falsificado ou escocês?

E o Brasil, qual será sua posição? Vai dar mais grana para o pobre Paraguai, como fez Lula em Itaipu, ou vai oferecer abrigo ao Lugo na embaixada, como fez com Zelaya em Honduras?

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“Tiranetes”? Que “tiranetes”? Os presidentes dos países da Unasul que rechaçaram o golpe “branco” no Paraguai – entre os quais está a presidente Dilma Rousseff – podem ser tudo, menos isso. Elegeram-se de forma inquestionavelmente democrática, à diferença dos regimes militares que Globo, Folha e outras organizações criminosas apoiaram durante o século XX.

Note-se que a fala de Jabor alude à vida íntima de Fernando Lugo, como se ele ter gerado filhos enquanto era padre, mas antes de se eleger presidente, justificasse ruptura da ordem institucional em seu país.

Cristina Kirchner, presidente da Argentina, é alvo de machismo de Jabor. “Cristina botox”, ele disse. Bem, se isso for sinônimo de “tirania”, como quer o pistoleiro global, boa parte das mulheres, mães, filhas e irmãs dos barões da mídia ou as socialites do entorno que possam ter usado botox um dia para se embelezarem deixaram de ser democráticas por isso.

Já Merval Pereira, em mais uma de suas mervalices, ao menos inventa alguma desculpa para derrubarem um governo legitimamente eleito em pouco mais de 24 horas. Abaixo, trecho do golpismo mervalista-global:
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O Globo
23 de junho de 2012
Dentro da lei


Merval Pereira

(…) Não é possível classificar de golpe o que aconteceu no Paraguai, sob pena de darmos razão ao hoje senador Fernando Collor de Mello que se diz vítima de um “golpe parlamentar”, e que, em entrevista, já chegou a reivindicar de volta seu mandato presidencial. O interessante é que Collor foi impedido pelo Congresso brasileiro num processo que teve a liderança do PT, tanto na atividade parlamentar quanto na mobilização dos chamados movimentos sociais para apoiar a decisão dos políticos (…).
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Não há um só analista de política internacional, nenhum especialista acadêmico e nenhum político que concordem com Merval e Jabor. Seus comentários poderiam ser tomados por falta de conhecimento sobre como funcionam as democracias presidencialistas por quem não lhes conhece a história, mas quem sabe como e por que dizem essas coisas sabe que é porque são golpistas mesmo.

Collor? Que bobagem é essa? O processo de impeachment dele, desde a abertura do processo no Congresso até sua saída da Presidência, demorou, aproximadamente, SEIS MESES, enquanto que o processo que derrubou Lugo durou cerca de UM DIA, com DUAS HORAS PARA O PRESIDENTE SE DEFENDER.

Pior é a acusação. O confronto entre sem-terras e forças de repressão do Estado não poderia ser atribuído a Lugo sem investigação sobre o que aconteceu. Testemunhas e evidências ou provas teriam que ser apresentadas ao congresso, teria que ser provado que o presidente da república ordenou alguma coisa ou teve participação direta no caso.

O processo foi tão absurdo que até o agora “presidente” do Paraguai, Federico Franco, reconhece que ocorreu “muito rápido” e se disse “surpreendido” pela rapidez. Ou seja, Merval e Jabor estão sendo mais realistas do que o rei.

Para a América Latina e, mais particularmente, para o Brasil esse golpe “constitucional” não é apenas inaceitável, mas, aliado ao comportamento da grande mídia e de parte da classe política nacionais e dos outros países da região, é uma ameaça. Escancara quantos poderes acalentam devaneios golpistas.
O golpe “constitucional” em Honduras acabou vingando, mas não era tão importante para o Brasil e para o resto dos países que compõem a Unasul e o próprio Mercosul.

A ruptura democrática no Paraguai, para nós que com ele dividimos uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo ou uma fronteira por  onde trafega intensa relação comercial é ameaçadora porque nos afeta diretamente. Bem como aos demais países da região.

Boa parte dos países da Unasul já condenou o golpe paraguaio. Mesmo Dilma Rousseff, muito mais comedida que os líderes dos outros países da organização que o Brasil integra e que propugnou ainda no governo Lula, já deu mostras de que não deve aceitar o que ocorreu. Todos os países da região sabem a porta que será aberta se não houver resposta à altura.

Entretanto, apesar dos protocolos da União das Nações Sul-Americanas, haverá que ver como se comportarão a Organização dos Estados Americanos (OEA) e, claro, os Estados Unidos. A OEA deve ratificar as posições da Unasul, como fez durante o golpe em Honduras. Mas os EUA podem se meter a suprir o que as sanções da comunidade das Américas tirarem do Paraguai.

Por o Paraguai ter uma economia minúscula, os EUA poderão despejar dólares em seus cofres de forma a ter como sustentar o regime de força que acaba de ser instalado e que já começa a promover censura – no mesmo dia da deposição de Lugo, o “presidente” biônico do país mandou a tevê estatal censurar as manifestações de apoio ao presidente deposto.

Do ponto de vista do Brasil, o grande temor é o de que o “pragmatismo” do governo do PT o leve a fazer corpo mole para não provocar marolas políticas, como de costume. O golpismo que a mídia e a oposição abraçam, porém, deveria fazer Dilma se lembrar de que essas forças tentaram e tentam provocar juízos políticos semelhantes contra os dois últimos governos.


Fonte: http://www.blogdacidadania.com.br/2012/06/depois-a-midia-reclama-quando-e-chamada-de-pig/

domingo, 10 de junho de 2012

Homenagem a Pinochet causa indignação

Ex-apoiadores de Augusto Pinochet convocaram uma homenagem ao ex-ditador para este domingo (10). Organizações sociais, grupos de defesa dos direitos humanos, políticos e familiares de vítimas do genocida, se opuseram à realização do evento e pediram sua proibição. A Justiça chilena, porém, autorizou o ato. O Prêmio Nobel da Paz em 1980, Adolfo Pérez Esquivel, considerou uma “aberração” e um “atentado contra a democracia” a suposta homenagem. O artigo é de Christian Palma.

Santiago - O número de vítimas da ditadura encabeçada por Augusto Pinochet (1973-1990) superou 40 mil pessoas, cifra na qual se incluem 3.225 mortos ou desaparecidos e milhares de torturados e exilados, segundo um informe oficial elaborado pela Comissão Valech, que investiga os abusos contra os direitos humanos no Chile nas décadas de 1970 e 1980. Apesar desses números horrorosos, um grupo de rançosos apoiadores das botinas e baionetas militares pretende realizar uma homenagem ao genocida neste domingo. Mas não será fácil. Diversas organizações sociais, grupos de defesa dos direitos humanos, políticos e familiares de vítimas do horror, se opuseram ao evento que será realizado em um estádio no centro de Santiago.

A Corte de Apelações de Santiago do Chile pediu à Prefeitura Metropolitana e à direção geral dos carabineiros que entregassem informes sobre a realização da homenagem a Pinochet. O prazo venceu na sexta e a Justiça autorizou o ato recusando o pedido feito pela Agrupação de Familiares Detidos Desaparecidos (AFDD) para que impedisse a realização do ato organizado pela Corporação 11 de Setembro, dia em que as forças armadas lideradas por Pinochet atacaram o Palácio de La Moneda e deram início a um período de horror no Chile. Esse grupo de velhos fascistas apresentou um recurso preventivo pedindo aos juízes que garantissem o seu direito de reunião, consagrado na Constituição do país.

O deputado do Partido Comunista, Lautaro Carmona, lamentou que existam grupos que insistam em reivindicar a figura de Augusto Pinochet, que, na sua avaliação, representa “a obra mais monstruosa da história do país”. Por isso, pediu ao governo de Sebastian Piñera que adotasse uma posição de Estado para coibir o ato.

“É lamentável que não haja uma voz clara, inequívoca e dura da parte do governo dizendo que não há lugar para esse tipo de reivindicação. Deveria ser uma posição de Estado dizer que não há espaço para homenagear o massacre no Chile e que isso atenta contra a convivência. “O que pensaria a sociedade alemã se hoje um grupo reivindicasse uma homenagem a Hitler? Creio que toda a sociedade repudiaria essa tentativa”, disse Carmona.

Por sua parte, a AFDD e o Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) convocaram protestos contra a estreia de um documentário que será exibido no Chile e que mostra a gestão do falecido ditador. Mas não foram os únicos a levantar a voz. O Prêmio Nobel da Paz em 1980, Adolfo Pérez Esquivel, considerou uma “aberração” e um “atentado contra a democracia” a suposta homenagem.

“É uma aberração. O governo deve suspender esse ato que representa um atentado à democracia. Ou se esqueceram que assassinaram um presidente constitucional eleito pelo povo, como Salvador Allende, se esqueceram das mortes, das torturas, do desaparecimento de milhares de chilenos. Fazer uma homenagem a um criminoso é querer avalizar a tortura, os golpes de Estado e as violações dos direitos humanos”, afirmou.

Hugo Gutiérrez, outro deputado comunista, disse não ter estômago para ver homenagens ao ex-ditador Augusto Pinochet, muito menos ainda quando o tratam como um herói. “É preciso aceitar todas as diferenças de opinião, mas há certas opiniões que são apologias do ódio e que reivindicam fatos como os que ocorreram durante a ditadura. Creio que fazer um chamado para que se repitam esses mesmos fatos, isso é inaceitável e um país que entende que é possível fazê-lo é um país que aprendeu muito pouco com o que aconteceu”, disse o deputado.

Além disso, afirmou que o “Chile deve estar um pouco louco e creio que a culpa, em grande medida, é a da transição para a democracia que nós tivemos e que manteve não só a institucionalidade de Pinochet, como também seu modelo econômico. E manteve a cultura da impunidade repressiva que se mantém até os dias de hoje, o que faz com que todos esses criminosos que povoaram a ditadura de Pinochet e que hoje posam como democratas se atrevam a promover tais atos”, acrescentou.

Do outro lado, o general aposentado Luis Cortés Villa, ex-diretor da Fundação Pinochet, saiu em defesa do documentário “Pinochet”, que deve estrear neste domingo no Teatro Caupolicán, pois, na sua avaliação, resgata “o papel que desempenhou na história do Chile do Chile e sua atuação fundamental para salvar o país”. Já o senador da Renovação Nacional (um dos partidos de direita que apoia o governo de Piñera), Carlos Larraín, confirmou que não participará da homenagem porque considera a mesma inapropriada, ainda que defenda a possibilidade de realizá-la. “Parece-me perfeitamente legítimo. Há pessoas que têm nostalgia dele e há outros que simplesmente não aceitam que seja caricaturizado, então estão querendo reestabelecer um certo equilíbrio”.

Enquanto isso, a vicepresidenta da Agrupação de Familiares e Detidos Desaparecidos, Mireya García, apontou que o panorama atual do país é que propicia esse tipo de homenagem. “A direita e os partidários da ditadura estão absolutamente soltos, não têm nenhum limite. Esse é o período no qual sentem que tudo é possível. É realmente uma agressão insustentável, insuportável”, disse categórica.

Finalmente, o diretor para as Américas da Human Rights Watch, o chileno José Miguel Vivanco, afirmou que a homenagem está amparada pela liberdade de expressão. “Se um setor da população quiser expressar seu apoio a um ditador que conduziu uma ditadura brutal, violenta, por 17 anos no Chile, responsável por massivas e gravíssimas violações dos direitos humanos, como nunca antes na história do Chile, lamentavelmente tem o direito de fazê-lo”, sustentou.

O diretor do organismo destacou que “a liberdade de expressão protege inclusive atos ou eventos tão reprováveis como este”. “Os participantes desse ato podem ser objeto de reprovação moral de outras pessoas e isso poderá ser tema de um debate público forte, mas esse direito está amparado no direito internacional”, concluiu.



sábado, 2 de junho de 2012

América Latina deve cooperar mais


Postado por Luis Favre


 Por Helen Clark - VALOR

Cerca de 40 ministros de desenvolvimento social da América Latina e Caribe e da África estiveram reunidos desde o dia 29 até hoje em Brasília para discutir como as duas regiões podem compartilhar experiências e impulsionar a cooperação para acabar com a pobreza.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) tem o orgulho de ter sido o facilitador desse encontro histórico, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Esse fórum acontece a menos de um mês da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

Lá, líderes mundiais, ao lado de milhares de participantes de governos, do setor privado e de organizações da sociedade civil irão discutir como construir um futuro mais sustentável – um desafio crucial tanto para países desenvolvidos como para aqueles em desenvolvimento.

Está claro que os países não podem mais se dar ao luxo de crescer primeiro e tentar limpar o meio ambiente depois. Ou de crescer antes para depois tentar acabar com a desigualdade. O crescimento econômico, separado dos avanços em desenvolvimento humano e sem consideração pelo meio ambiente, não só é incapaz de sustentar avanços como também destrói ecossistemas dos quais dependemos para a vida neste planeta.

A fome é consequência de instituições que não funcionam bem, da inexistência do Estado de Direito e do acesso limitado a mercados ou a alimentos com preços acessíveis. Onde os governos são inclusivos e têm capacidade de resposta rápida, as crises de fome não existem.

Duas semanas atrás, apresentei em Nairóbi, com o presidente queniano Mwai Kibaki, o primeiro Relatório de Desenvolvimento Humano do Pnud para a África. Apesar das significativas taxas de crescimento econômico da África Subsaariana, a fome segue afetando quase um quarto de sua população, o que significa mais que toda a população brasileira.

No ano passado, os países do Chifre da África vivenciaram a pior crise de segurança alimentar da região dos últimos 20 anos. No Sahel, apenas dois anos depois da última grave crise de segurança alimentar e nutrição, uma combinação de seca, pobreza, altos preços de grãos, degradação ambiental e, em alguns países, instabilidade e conflitos, estão exigindo da comunidade internacional uma nova resposta em grande escala.

 As últimas estimativas sugerem que mais de 15 milhões de pessoas são diretamente afetadas, sem que a crise tenha ainda atingido seu pico.

Há mais de 30 anos, o arquiteto do paradigma de desenvolvimento humano e prêmio Nobel de Economia, Amartya Sen, desafiou a noção de que a fome é causada simplesmente pelo declínio da oferta de alimentos. Ele argumentou que a fome é consequência de instituições que não funcionam bem, da inexistência do Estado de Direito e do acesso limitado a mercados ou a alimentos com preços acessíveis. Ele também ressaltou que onde os governos são inclusivos e têm capacidade de resposta rápida, as crises de fome não existem.

O Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento convida todos a refletir sobre uma abordagem compreensiva para a construção da segurança alimentar, priorizando a nutrição nas políticas públicas, empoderando as mulheres e ajudando as nações a aumentar a resiliência às adversidades. Em todo o mundo, trabalhamos para promover uma governança mais eficaz e com maior capacidade de resposta e para promover igualmente o Estado de Direito.

Há muita experiência a ser compartilhada entre América Latina e África na erradicação da pobreza e da fome, em especial por meio de sistemas de proteção social. O programa brasileiro Bolsa Família tem sido muito elogiado, e sua atual expansão, com o Brasil Sem Miséria, também tem atraído grande interesse. O Brasil se propôs como objetivo a erradicar a pobreza extrema até 2014, e tem feito progressos consideráveis nesse sentido.

As discussões que ocorreram esta semana, no V Fórum Ministerial para o Desenvolvimento, vão incentivar ainda mais a cooperação entre as nações da América Latina e da África. O intercâmbio e a cooperação Sul-Sul destacam soluções de desenvolvimento que, adaptadas aos contextos nacionais, podem ajudar as nações a atingirem seus objetivos. Eles podem também fazer muito para ajudar o progresso global nos elos econômico, social e ambiental que compõem o desenvolvimento sustentável.


Helen Clark é a administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e ex-primeira ministra da Nova Zelândia


Fonte: http://blogdofavre.ig.com.br/2012/05/america-latina-deve-cooperar-mais/