segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

"The Man From Earth" Desconstrói Religião e Ciência

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Um filme indispensável tanto para ateus, religiosos, gnósticos, agnósticos ou cientistas. O filme "The Man From Earth" é composto por uma narrativa de 90 minutos de puro ceticismo e desconstrução tanto da Religião quanto da Ciência. Um homem revela ter 14 mil anos de idade, mas tudo o que um grupo de cientistas e professores descobre é um ser com a mesma consciência de um homem comum que luta pela sobrevivência, sem qualquer lição metafísica ou teológica a oferecer.

 O que o leitor pensaria se conhecesse alguém que dissesse ter 14 mil anos. Certamente duas opções viriam à mente: ou essa pessoa teria sérios problemas mentais ao acreditar na própria mentira ou pensaria estar diante de uma criatura que deteria potencialmente todo o conhecimento humano e universal, um ser de imensa sabedoria. Quase uma divindade.

Mas o filme “The Man from Earth” (2007) não vai por nenhum desses caminhos. Em um roteiro instigante de Jerome Bixby (roteirista e escritor de episódios de séries clássicas de sci fi como “Jornada nas Estrelas” e “Além da Imaginação”), o filme surpreende ao narrar a reação de um grupo de cientistas ao se deparar com um ser imortal destituído de qualquer preocupação metafísica ou teológica sobre sua condição. Ele apenas passou 14 mil anos sobrevivendo.

Além do brilhante roteiro, o filme “The Man From Earth” ganhou fama também pela permissão pública do seu produtor para que qualquer cinéfilo fizesse download da Internet. Ou seja, o filme é uma daquelas pequenas pérolas independentes que surge na indústria do entretenimento e que rapidamente se transforma numa obra cultuada.

O filme nos apresenta a estória de John Oldman (David Lee Smith) um professor universitário que inesperadamente decide se mudar para um destino ignorado. De improviso, organiza uma despedida com outros amigos professores da universidade em sua casa de campo. O grupo é formado por um biólogo, um arqueólogo, um historiador, uma especialista em textos bíblicos, um antropólogo e um psicólogo. Uma audiência perfeita para a grande revelação de John: ele vive há milhares de anos, desde a era paleolítica, sem envelhecer e com a mesma aparência em torno dos 35 anos.


Viver a tanto tempo lhe ensinou a primeira tática de sobrevivência: mudar-se a cada dez anos para que as pessoas não percebam que ele não envelhece.

O que vemos a partir daí é uma grande discussão sobre a natureza do homem e a razão de ser da existência de um ser tão espetacular: é uma mutação biológica? Um ser que vive fora do tempo? Um louco? Ele está dizendo a verdade? Se for verdade, seria uma maldição ou uma dádiva? O que diria a religião sobre um ser que tenha vivido tanto tempo? Se ele viu o que diz que viu, sua fé ainda prevalece?
Um ser de tamanha longevidade que tivesse acompanhado toda a evolução social, política, científica e espiritual da humanidade somente poderia ter uma visão em perspectiva tão imensa que traria todas as verdadeiras respostas ou a síntese de toda a jornada humana nesse planeta.

Mas o roteiro de Bixby e a direção de Richard Schenkman não deixam as coisas assim tão óbvias para espectadores que esperam por grandes teses que especulem sobre o sentido espiritual, místico ou teológico sobre o sentido da vida ao melhor estilo de filmes com clichês de autoajuda e autoconhecimento. A narrativa desafia o espectador em um verdadeiro jogo mental.

Ceticismo e Ambiguidade
Primeiro: a narrativa cria um ambiente tão cético e ambíguo que parece que jamais saberemos se John está realmente falando a verdade ou se tudo é um jogo mental proposto por ele para atingir o orgulho intelectual de cada especialidade científica ali representada.


Ele parece ter respostas lógicas para tudo, mas o problema é que as maiorias dos fatos históricos ou dados geológicos, geográficos ou antropológicos que John descreve constam nos livros científicos. Portanto, poderia ser tudo uma farsa. Porém, e ele nos dá a primeiro resposta que, de tão lógica, é chocante para nós: embora seja um ser imortal, ele foi prisioneiro de cada época em que viveu: Democracia, Terra redonda, o sistema heliocêntrico etc., tudo ele foi descobrindo inserido em cada época, com uma percepção cognitiva fragmentada, sem conseguir acumular o conhecimento.

E, o que é mais chocante, todos os conhecimentos e descobertas científicas criaram descontinuidade ao invés de evolução. Ao final de 14 mil anos, John é tão ignorante quanto cada uma das especialidades científicas representadas naquela sala!

John apenas aprendeu uma lição: sobrevivência. Ao longo da História John foi adorado como divindade para depois ser odiado, temido e perseguido como aberração até desenvolver táticas para manter-se anônimo como, por exemplo, tornando-se um nômade.

Pós-Moderno: a crise das Meta-Narrativas
O filme “The Man From Earth” apresenta uma visão simultaneamente pós-moderna e gnóstica da existência humana.

A desconstrução que a narrativa faz do conhecimento científico lembra bem a hipótese pós-moderna dos filósofos franceses Lyotard e Derrida: retomando o pensamento lógico de filósofos como Wittigenstein, vão reduzir o conhecimento e a noção de verdade ao jogo de linguagens, à pragmática da comunicação que firma os vínculos sociais. Para eles, perguntar se um enunciado é falso ou verdadeiro não tem mais sentido para o sujeito pós-moderno. A questão é outra: saber se o enunciado tem legitimidade pela sua operacionalidade dentro de um sistema, pela sua performance. Ou seja, o enunciado “funciona”? Se sim, então ele é “verdadeiro”. O consenso não reside mais na verdade do enunciado (seja ele ético ou moral), mas na aplicação pragmática das idéias, na sua comunicabilidade, ou se quiser, na sua credibilidade. Ou seja, para estes pesquisadores a ciência nada tem a descobrir. Ela apenas cria jogos de linguagem com ideias e conceitos desconectados do mundo empírico (veja LYOTARD, Jean-Françoise. A Condição Pós-Moderna. RJ: José Olympio, 1998 e DERRIDA, Jacques. Margens da Filosofia. Campinas: Papirus, 1991.).

A ambiguidade do argumento central do filme (o ser imortal de 14 mil anos) é criada por esse ceticismo pós-moderno radical: o discurso de John é logicamente coerente, assim como de todos os especialistas presentes na despedida. É impossível ao espectador encontrar a Verdade, mas apenas jogos de linguagem que dependem mais da credibilidade da fonte emissora do que de uma prova empírica.


Blog: Luis Nassif

Fonte: http://www.advivo.com.br/node/767642

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dez Mentiras que Cercam o Pinheirinho


                                         Desabrigados do Pinheirinho -- Anderson Barbosa/Fotoarena/Folhapress




Com a tragédia ainda em curso, e a quantidade colossal de sofismas e boatos propositalmente espalhados acerca do Pinheirinho, me dei ao trabalho de selecionar as dez piores mentiras - no sentido de superstição consciente e oportunamente utilizadas pelo Poder - que estão a pairar por aí sobre o tema. Vamos lá:


1. "Não houve violações, a reintegração de posse foi pacífica"

Eis a pior e mais primária de todas. Vídeos aos montes, fotos aos milhares,  além de relatos emocionados de testemunhas oculares - como o nosso Tsavkko - e de moradores - dados, inclusive, para a imprensa internacional - contradizem isso. A polícia não veio para brincar, com sua tropa de choque, suas balas de borracha e sua sede por violência. Atacaram uma comunidade formada por famílias - seus velhos, suas crianças, pessoas com necessidades especiais - e quem ficou no meio do caminho apanhou. Sobre eventuais distorções da nossa imprensa, convido à leitura do que pensa sobre isso o Guardian, um dos principais jornais do mundo.


2. "A culpa é dos moradores, por serem invasores e/ou por não terem negociado"

É a tese do varão da república (do café com leite) Elio Gaspari, devidamente rebatida pelo nosso João Telésforo. Acrescentamos ainda que o Brasil possui 22 milhões de vítimas do chamado "deficit habitacional" - o eufemismo contábil que expressa a quantidade daqueles que foram largados para morrer ao relento -, o Brasil possui uma Constituição que fala em função social da propriedade privada e em dignidade da pessoa humana, o Brasil possui uma jurisprudência que não aceita a inércia da administração pública como desculpa. para não realização de políticas públicas. Outra, não estar nem aí para um contingente de milhares de pessoas - só no caso do Pinheirinho - é uma decisão política sua, portanto, assuma o risco dela, mas esperar que essa gente simplesmente tenha de sentar e esperar a morte chegar, é pedir de mais - ou mesmo aceitar um xeque qualquer e enfie o rabo entre as pernas do lugar onde ela estão estabelecidos, só para, no fim das contas, realizar o fetiche dos credores da massa falida de um mega-especulador.


3. "Foi um processo duro, mas cumpriu-se a letra da lei"
  
Nem isso. Na manhã de domingo, quando ocorreu a invasão, havia um conflito de competência entre a Justiça Estadual e a Justiça Federal, portanto não havia ordem judicial que autorizasse realmente qualquer reintegração de posse. Mesmo se houvesse, uma ordem judicial não equivale a uma carta branca da polícia para fazer nada, tampouco ignorar os direitos ou as garantias daqueles cidadãos asseguradas pelas Constituição.



4. "Os moradores estão sendo atendidos devidamente" 

Os moradores do Pinheirinho, depois de perderem suas casas, estão amontoados em igrejas, ginásios ou quetais. Eles estão ao relento e identificados com uma pulseira azul - por que numa estrela azul logo de uma vez?

5. "Os policiais só cumpriram ordens"

Opa, tudo bem que militares obedecem ordens, mas isso não significa que, numa democracia, um oficial deva acatar irresponsavelmente uma ordem qualquer e executa-la da maneira que bem entende - com suscitou a secretária de justiça de São Paulo Eloisa Arruda -, do contrário, lhes seria autorizado atentar contra a ordem ("democrática"), o que seria uma hipótese absurda. É evidente que os maiores responsáveis por essa hecatombe são os senhores Geraldo Alckmin e Eduardo Cury - respectivamente governador do estado e prefeito municipal de São José dos Campos -, mas os oficiais que lideraram a missão tem sua parcela de responsabilidade nessa história sim.


6. "O Pinheirinho é uma espécie de Cracolândia" 

"Só se for no quesito da especulação imobiliária sobrepondo-se ao direito e à dignidade das classes pobres" como diria meu amigo joseense Rodrigo dos Reis. De resto, essa analogia - como foi utilizada pela Rede Globo - só duplica a perversão verificada no apoio à política de "dor e sofrimento", aplicada na região do centro de São Paulo chamada "Cracolândia" - um grave problema de saúde pública e de moradia, tratado à base de cacetete.
7. "O governo federal é culpado por ter politizado a situação"

Como testemunhamos na nota soltada pelo PSDB para "responder" o governo federal. Bom, nem vou perguntar como alguém poderia ter politizado uma situação que é política por natureza, mas como seria possível despolitiza-la. Ainda, é curioso como se responda ao quase silêncio do governo federal culpando-o por uma ação violenta que foi executada por dois governos seus, o estadual de São Paulo e o municipal de São José dos Campos. De novo, chuto o balde aqui: faça um, dois, um milhão de pinheirinhos, mas pelo menos assuma o que fez e não se ponha como vítima, as vítimas são os desabrigados.



8. "Os moradores do Pinheirinho são envolvidos com movimentos sociais radicais"

Membros do PSDB, como o pré-candidato paulistano Andrea Matarazzo, pensam o mesmo do correligionário Geraldo Alckmin, nem por isso alguém razoável defende que o governador seja arrancado à força do que quer que seja. No mais, o governador Alckmin ou os próceres da massa falida do Nahas na imprensa, deviam saber que vivemos numa democracia e as pessoas têm liberdade para se filiar ao grupo pacífico que bem entendem - nem na hipótese absurda de todos os moradores do Pinheirinho terem relação com o PSTU (que é como dizer que todos os moradores do bairro de Alckmin têm ligação com, p.ex. a opus dei), é fato que aquele partido jamais usou de força ou conluios no judiciário para desalojar um bairro inteiro, logo, quem é radical mesmo?


9. "O governo federal não podia ter feito, nem pode fazer, nada"

Podia sim, tanto que estava negociando uma saída pacífica, até que veio a invasão no domingo, uma boa dose de paralisia, uma comemoração de 25 de março com tucanos de alta plumagem e uma condenação vazia no recente fórum social mundial. Dizer que o Pinheirinho é Barbárie, até eu digo, Presidenta,  agora mandar hospitais de campanha do exército fornecer ajuda humanitária aos milhares de desabrigados, nem todo mundo pode - e mesmo vale para a construção de moradias dignas para eles no curto prazo. Importante: não estou nivelando tucanos a petistas, esse caso deixa claro que os primeiros não têm coragem de assumir o que fazem, enquanto os segundos não têm coragem de fazer aquilo que assumem - são papéis inteiramente diferentes.



10. "O Pinheirinho é uma catástrofe, estamos todos derrotados, não há nada o que fazer contra essa marcha invencível"

Toda marcha desse tipo, em seu interior, admite uma Leningrado - e eu não estou chamando tucanos de fascistas em um sentido histórico não, afinal, aqueles tinham coragem  moral de assumir o que faziam, isso foi só uma metáfora que guinadas reacionárias, por sua própria natureza, trazem consigo a possibilidade de sua derrota. No demais, não existe espaço para choradeira como colocou com precisão o Bruno Cava pelo papel que o Pinheirinho está cumprindo. Digo mais, repetindo o que já digo aqui o tempo todo: a favela é o locus definitivo de resistência daqueles que foram largados para morrer ao relento, é processo de luta, portanto, sua própria existência - e sua re-existência - é positividade pura. O antropofágico Pinheirinho, mais ainda. Derrota é a resignação, é sentar-se e aceitar morrer, nada disso aconteceu.

 

domingo, 22 de janeiro de 2012

Geralzão

América Latina
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse neste domingo que a nacionalização dos hidrocarbonetos e o aumento de receitas do petróleo tem sido fundamentais para o crescimento econômico e para a estabilidade em curso no país.


Brasil
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse neste domingo que a ação de reintegração de posse da área invadida do Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de São Paulo), "atropelou" as negociações para a desocupação pacífica do local.

O secretário geral da presidência é responsável pela interlocução com os movimentos sociais. Carvalho afirmou que o Palácio do Planalto vinha acompanhando as conversas sobre a retirada das famílias do local e trabalhava para uma solução negociada, com a definição de uma nova região para abrigar as famílias.


Mundo
O embaixador iraniano na Rússia Mahmoud Sejed Sadjadi rejeitou a "dupla moral" em matéria núclear após afirmar que a pressão sobre o programa nuclear da nação persa é para fins pacíficos, enquanto os cuidados com o arsenal atômico israelense é zero. (Fonte: Telesur) 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Luiza no Big Brother Brasil???

Possível substituta da vaga de Daniel, participante expulso por condutas "inadequadas" do reality show da Platinada, Luiza foi vista no aeroporto de Toronto embarcando em um jato da Brasil Linhas Aéreas.


O motivo da escolha de Luiza foi o fato do Brasil inteiro saber tudo a respeito do escândalo que abalou a tradicional família brasileira, menos Luiza que estava no Canadá.




Fonte: Irmão da Luiza, que não estava no Canadá.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Dor, sofrimento e erro de cálculo

 
DEBATE ABERTO

Dor, sofrimento e erro de cálculo

A tal política de combate ao crack pela "dor e sofrimento", inaugurada pelo governo do Estado de São Paulo (aparentemente de forma coordenada com a prefeitura paulista), é mais um capítulo da política higienista que foi a marca dos governos José Serra e Gilberto Kassab na prefeitura da capital, nos últimos quase oito anos.

Por qualquer ângulo que se analise, a tal política de combate ao crack pela "dor e sofrimento", inaugurada pelo governo do Estado de São Paulo (aparentemente de forma coordenada com a prefeitura paulista), é mais um capítulo da política higienista que foi a marca dos governos José Serra e Gilberto Kassab na prefeitura da capital, nos últimos quase oito anos; e é mais um episódio da opção preferencial do governador Geraldo Alckmin pelo uso da força policial, a exemplo do que aconteceu nas suas gestões anteriores (2001-2002 e 2003-2006).

A ação policial, enfim reconhecida como fonte de desgaste e abandonada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, não obteve nenhum resultado positivo. Foi simplesmente um ato de truculência. Os dois mandatários, do Estado e da capital, apenas conseguiram reforçar suas imagens de governantes conservadores, com o cerco e a agressão aos dependentes químicos da Cracolância paulistana - a chamada "Operação Centro Legal" -, o presente de Ano Novo da polícia paulista aos maltrapilhos que se aglomeram no centro da cidade para consumir a pedra.

Crianças, jovens e adultos, após o desalojamento e sem opção de moradia, de acesso a assistentes sociais ou a serviços de Saúde, formaram batalhões de zumbis que andavam sem rumo pela cidade. A "dor e o sofrimento", estratégia de combate à dependência química, não deu sequer a alternativa do tratamento das crises de abstinência, que devem ser avassaladoras em pessoas comprometidas com uma droga como essa: a rede pública não dispunha de vagas para atender qualquer tipo de demanda.

Do ponto de vista de política pública, a Operação Centro Legal foi repressão pura. Como política de assistência social, foi desassistência. E, do lado da Saúde, um reforço à doença. Não existe uma única qualidade na ação policial contra craqueiros, exceto as que dizem respeito aos interesses imobiliários de recuperação da zona central da cidade, o projeto Nova Luz, que derrapa na vizinhança de drogados e favelados. A Polícia tentou eliminar a comunidade de drogados pela força; a Prefeitura teve uma ajudazinha providencial, e quase simultânea à ação policial: o incêndio da Favela do Moínho, nas imediações.

A opção pela truculência no momento em que existe, de fato, uma tentativa de integração de políticas de desenvolvimento social e Saúde, nas três esferas de poder, às quais a ação policial seria apenas complementar, é inexplicável. Uma hipótese pode ser a tentativa do Estado e do Município, que são oposição ao governo federal, de se anteciparem ao programa federal, num ano de eleições municipais. Pelos resultados pífios da ação, imagina-se que nem a elite conservadora da cidade tenha gostado muito do desfile de zumbis do crack pelas zonas mais nobres. A outra é a de que a polícia fugiu ao controle da Secretaria de Segurança Pública e do próprio governador de Estado, e resolveu passear na Cracolância com balas de borracha e bombas de efeito moral por sua conta e risco. Isso não seria nada bom, do ponto de vista das instituições.

A última possibilidade é que se optou por uma política higienista que não pegou bem junto ao eleitorado que será chamado às urnas em outubro, no pior momento do bloco tucano-kassabista no Estado. Pela repercussão e resultados que teve, no mínimo o dono da ideia merece ser demitido. A ação policial apenas pegou mal.

(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo.



Fonte: http://cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5408

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ahmadinejad: " O capitalismo está em decadência"

O presidente Mahmoud Ahmadinejad, afirmou, em Cuba, que o sistema capitalista se encontra em decadência e propôs o estabelecimento de uma nova ordem mundial, baseada nos valores da justiça e do amor.

Em uma conferência realizada na Universidade de Havana, onde foi concedido o título de Doutor Honoris Causa em Ciências Políticas, Ahmadinejad disse que "o ser humano para chegar a felicidade necessita de sabedoria, conhecimento voltado para o bem e necessita da justiça, amor e carinho.
O sistema capitalista está vazio de todos estes fatores e qualquer pensamento vazio destes fatores não terá um bom resultado, uma consciência,e só levará a matanças e injustiças.
Graças a Deus estamos observando que o sistema capitalista está em decadência", afirmou.

Considerou que "(o capitalismo) está em um beco sem saída,tanto no cenário político quanto no econômico e cultural".

"Temos que estar atentos, alertas. Se nós não planejarmos uma nova ordem para o futuro do mundo, serão os herdeiros dos escravistas e os capitalistas que irão nos impor um novo sistema".

O presidente criticou as potências ocidentais, especialmente os Estados Unindos ( EE.UU.) e advertiu que quando " lhes falta lógica, recorrem às armas para matar e destruir. Hoje em dia a única coisa que resta ao capitalismo é matar; é um sitema fracassado e em decadência".

Os que fazem a guerra com o fim exclusivo de ganhar as eleições presidenciais nos Estados Unidos, matando milhares de pessoas, tem o coração totalmente vazio de amor e carinho pelo próximo" expressou.

"No Irâ, com a finalidade de controlar as reservas de petróleo, até hoje ( Estados Unidos ) têm assassinado mais de um milhão de pessoas inocentes" reclamou.



Mahmoud Ahmadinejad chegou em Havana na quarta-feira numa visita que faz parte de um roteiro que realiza pela América Latina, iniciada na Venezuela e em seguida na Nicaragua.  Na quinta- feira visitará o Equador para completar sua viagem.


teleSUR-EFE-AFP/ag-MM


Tradução: Paulo Carboni


Fonte: http://www.telesurtv.net/secciones/noticias/102560-NN/ahmadineyad-el-capitalismo-esta-en-decadencia/

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Promotores abrem inquérito para investigar ação na cracolândia


AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO


Um inquérito civil foi instaurado em conjunto por quatro promotorias para investigar a operação iniciada no dia 3 pela Polícia Militar na cracolândia, no centro de São Paulo. Segundo os promotores de Habitação, Direitos Humanos (Inclusão Social e Saúde) e da Infância e Juventude, o objetivo é descobrir quem está comandando a ação e se houve improbidade administrativa.

Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, eles caracterizam como "desastrosa" a ação, que teria boicotado o trabalho que já estava sendo feito na região.

A principal crítica dos promotores é que a operação foi realizada antes da inauguração do centro de acolhimento para usuários de drogas, localizado na rua Prates, região central.

O grupo marcou uma reunião com os órgãos envolvidos para o próximo dia 13 a fim de decidir o que pode ser feito e quem pode ser responsabilizado.

Os promotores ainda foram questionados se operação teria sido deflagrada para tentar impedir uma intervenção do governo federal na região. "Não é possível fazer esta afirmação, mas temos que lembrar que é um ano eleitoral", disse o promotor Maurício Lopes, da promotoria de Habitação.


                            Danilo Verpa-9.jan.12/Folhapress
Policial Militar intimida usuários de crack na esquina das ruas Guaianases e Aurora, no centro de SP




 Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1032475-promotores-abrem-inquerito-para-investigar-acao-na-cracolandia.shtml

sábado, 7 de janeiro de 2012

Samba Enredo Gaviões da Fiel 2012 - Oficial



O enredo “Verás que um filho fiel não foge à luta. Lula, retrato de uma nação” homenageia o presidente Lula, o mais querido presidente do Brasil.

Viva Lula!!!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cracolândia: efeito moral em uma política imoral


Autor: Bigode


Polícia usa bombas de efeito moral na cracolândia, no centro de SP + 
Sem centro de apoio, ação da PM espalha craqueiros em São Paulo

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,policia-usa-bombas-de-efeito-moral-na-cracolandia-no-centro-de-sp,819003,0.htm

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1030145-sem-centro-de-apoio-acao-da-pm-espalha-craqueiros-em-sao-paulo.shtml

Trata-se de uma política errática (e ineficaz) para ingleses e paulistanos ingênuos verem no jornal nacional.

Estes meninos nem tinham nascido quando o primeiro tucano assumiu o governo de São Paulo, alguns sequer tinham nascido no segundo governo Alckmin, façam as contas e decidam a quem atribuir a responsabilidade.

Jogam bombas, mas estão mesmo é jogando para a plateia das câmeras de TV e lentes da imprensa conservadora que lhes dá cobertura, tentando com o barulho do espocar das bombas de efeito (??) (i)moral, mostrar com isto que estão no controle. Mas no fundo estão perdidos.


Tratam gentes como se fossem mosquitos, espantam daqui, espalham para ali, empurram para lá, erraticamente e debaixo de nossos tapetes. Não controlam os focos, as razões e o futuro de uma população que merecia mais respeito e cuidado. Ainda que não assumam estão culpabilizando  e punindo as vítimas que deveriam ser tratadas como doentes.
Até hoje não li nada sobre o que sabem ou o que estão fazendo para inibir a fabricação, a comercialização e a punição a quem - em nome da ordem - permite que  a droga circule livremente.

A que se deve tudo isto ?

Não tenham dúvidas, ao valor que o mercado imobiliário já apostou na região no curto-médio prazo.

O Governo de São Paulo não tem uma política para a questão do crack.
Para eles não se trata de um problema de saúde ou social e sim imobiliário.


Publicado no Blog do Luis Nassif - www.advivo.com.br

 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Implosão?

Favela do Moinho


Onde é mesmo que ocorreu uma implosão, caros leitores? "Isso é um tapa na cara da sociedade", como diz o apresentador e jornalista, José Luiz Datena. Não houve implosão nenhuma pois o prédio "implodido" continua de pé. O que estava ruim ficou ainda pior, acredite.

O mais absurdo é que foi autorizada a circulação de trens, com a alegação de que o prédio não oferece risco aos usuários, não é o que se ouve na imprensa. Segundo jornais, especialistas afirmam que é preciso cuidado com o prédio que teve apenas parte da estrutura danificada pelos explosivos. Uma mostra de que algo errado aconteceu. 

Se tivesse dado tudo certo técnicamente, hoje o prédio seria apenas entulho, mas essa não é a realidade, pois a estrutura continua parcialmente inteira.

Será que existe algum ser- humano que acredita na história de que este prédio teve uma implosão técnicamente correta?

Isso é uma piada. "Ta na cara" que ali houve falha técnica. Alguns querem que acreditemos na idéia de que está tudo certo, que a implosão aconteceu dentro do esperado e que o resultado é satisfatório. Eu não acredito mais em Papai Noel, "pela mor".

Que horror.
Matrix total!!!

"My fucking God"!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Ordem Criminosa do Mundo


Este documentário foi exibido pela TVE espanhola e traz a visão de dois grandes humanistas contemporâneos sobre o mundo atual: Eduardo Galeano e Jean Ziegler. É possível dizer que há algo de profético em seus depoimentos, pois o documentário foi feito antes da crise que assolou os países periféricos da Europa, como a Espanha.

A Ordem Criminal do Mundo, o cinismo assassino que a cada dia enriquece uma pequena oligarquia mundial em detrimento da miséria de cada vez mais pessoas pelo mundo. O poder se concentrando cada vez mais nas mãos de poucos, os direitos das pessoas cada vez mais restritos.

As corporações controlando os governos de quase todo o planeta, dispondo também de instituições como FMI, OMC e Banco Mundial para defender seus interesses. Hoje 500 empresas detém mais de 50% do PIB Mundial, muitas delas pertencentes a um mesmo grupo.


Fonte: You Tube

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ser a 6ºeconomia do mundo só faria sentido num Brasil de FHC

Texto de André Falcão, colaborador de Pragmatismo Político


Qualquer mérito alcançado pelo governo é no mínimo olvidado pela imprensa, apenas porque não aceitam Dilma, como não aceitavam o governo Lula.




 Ainda nas primeiras horas de ontem,26, soube do extraordinário fato. O meu país, cujas desigualdades sociais vêm  se reduzindo " como nunca antes" cujo crescimento se mantém a despeito das maiores crises econômicas mundais desde 1929 que reduziu a miséria a níveis " nunca antes vistos"( e que pretende exterminá-la), que inseriu milhões de pobres na classe média, que elegeu presidente, por duas vezes, um ex-operário que não gosta de ler( mas que sabe ler a alma e as necessidades de seu povo, como poucos) e que fez uma mulher seu sucessor ( ambos maciçamente aprovados pelo eleitorado), que vem apresentando, nos últimos 9 anos, os melhores índices econômicos e sociais da nossa história, e que resgatou a auto-estima da imensa maioria do povo brasileiro havia ultrapassado o Reino Unido e se tornado a 6º maior economia mundial.


Mas descobri que isto pouco importava, graças ao jornal de fim de noite de maior audiência da TV brasileira, que tudo fez para desmerecer a conquista. O Brasil continuava com um PIB "per capita"muito inferior ao do Reino Unido (nossas desigualdades e mazelas são assaz superiores) e o fenômeno se deveu mais à queda daquele do que à ascensão deste, inclusive, afirmou,como assim assinalado por todos os jornais britânicos. Toda a matéria fora preparada  para desconstruir o valor da conquista brasileira. Não havia do que orgulhar-se.


Nauseado, fui aos jornais britânicos. Nem precisei traduzir o que li. Aqui mesmo, a própria GAZETA DE ALAGOAS/FolhaPress de hoje, reportando-se exatamente aos jornais de lá, informava que " esta mudança de posições entre Brasil e Reino Unido faz parte de uma tendência mundial.'(...)estamos vendo que países que promovem commodities vitais- comida e energia, por exemplo-(...)estão gradualmente subindo na 'tabela do campeonato econômico'''. E arrematou:(...)o Brasil, cuja imagem está mais frequentemente associada ao futebol e às favelas sujas e pobres' está se tornando rapidamente uma das locomotivas da economia global'''. Quer dizer: sempre haverá razões que explicam conquistas.Explicam, não desmerecem. Nem os jornais britânicos desmereceram a nossa.

 A verdade é que o jornalão esteve escancaradamente imbuído, com sua reportagem, em desconstruir o mérito do país nessa conquista. Aliás, qualquer mérito é no mínimo olvidado por eles(s). Apenas porque não apóia o governo Dilma, como não apoiava o governo Lula.
Esquecido de que TV é uma concessão. E isto não é exercício de liberdade de expressão.



André Falcão é advogado, escritor e editor do Blog do André Falcão. Escreve coluna quinzenal em Pragmatismo Político.

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/12/ser-6-economia-do-mundo-so-faria.html