domingo, 20 de julho de 2014

Mujica critica desunião da "burguesia paulista

© Andres Stapff / Reuters:


247 - O presidente do Uruguai, José Mujica, afirma que o Brasil é visto na América Latina como um país imperialista. "A atitude imperial do Brasil pode ter sido consequência de sua história", afirma.

Em entrevista ao UOL e a "Folha de S. Paulo", ele explica que, no entanto, o Brasil percebe que, embora seja grande, precisa de um todo para acompanhá-lo na tentativa de fazer algo na negociação mundial". O problema, segundo ele, é a falta de integração interna que prejudicaria a posição do país em foros internacionais.

Para o uruguaio, "os interesses empresariais nacionais são muito fortes e não priorizam a busca da integração. O que existe de mais forte economicamente é a burguesia paulista. O papel da burguesia paulista deveria ser unir aliados, tentar construir um sistema de empresas transnacionais latino-americanas. Pelo seu tamanho, tem a responsabilidade de conduzir. Mas comete um erro se quiser fagocitar porque, em vez de ganhar aliados, ganha inimigos que se opõem à integração".

O termo "fagocitar" remete ao processo de ingestão e destruição de partículas







Fonte: http://www.brasil247.com/+ccwex

quinta-feira, 17 de julho de 2014

O ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva dando aula de política

 
Lula conta como entrou na política e incentiva a juventude a participar
 
Aula 1
 



                             Lula fala à juventude sobre as eleições de 1989 e democracia
                                                             
                                                                        Aula 2





                    Esperança, dignidade e oportunidade: palavras-chave para a juventude




                        Lula: ‘não adianta xingar todo mundo, é preciso ir à rua discutir’

 
                                                                         Aula 3






                                  "Educação não é gasto, é investimento", reafirma Lula

                                                                         Aula 4




                  "Se tem uma coisa que o jovem não pode perder é a esperança", afirma Lula
                                                                
                                                                         Aula 5


 
 
Lula: juventude tem "obrigação política" de participar da construção do Brasil
 
Aula 6
 
 
 
 
Lula defende reforma contra "política apodrecida"
 
 
Aula 7
 
 
 
 
"O Brasil já mudou, mas é preciso mudar mais", reforça Lula à juventude
 
Aula 8
 
 
 

terça-feira, 15 de julho de 2014

sexta-feira, 11 de julho de 2014

PML: implicância com Argentina vem do complexo de vira-lata



"Nem o mais pessimista iria imaginar um programa de campanha tão rasteiro. Enquanto se estimula de todas as formas uma rejeição contra os argentinos, se torce secretamente pela vitória de Messi & seus companheiros na esperança de prejudicar Dilma Rousseff", escreve Paulo Moreira Leite, colunista da Istoé


11 de Julho de 2014 às 14:55


247 - O jornalista Paulo Moreira Leite condena veementemente a torcida da imprensa e da oposição a favor da Argentina com o objetivo de desgastar a presidente Dilma Rousseff. A compreensão seria a de que ela sofreria desgaste político ao entregar a taça para Lionel Messi. "Nem o mais pessimista iria imaginar um programa de campanha tão rasteiro", escreve o colunista da Istoé.

Leia abaixo seu artigo e mais sobre a torcida da mídia em Colunistas desvirtuam final em Argentina x Dilma.

MISTÉRIO ARGENTINO

Implicância com Seleção Argentina tem origem no complexo de vira-lata, que substituiu Fuleco como mascote da Copa

Falando com clareza: uma das provas definitivas de subdesenvolvimento mental consiste em torcer contra a Argentina na final de domingo.

Toda pessoa tem seu gosto e sua preferência. Os povos têm sua identidade, sua história e sua cultura, que uns podem admirar ou não.

É claro, é legítimo torcer a favor da Alemanha, também.
Mas se é para procurar motivos para implicar com um país...
Eu me pergunto pela motivação interna, profunda, de quem diz que "não gosta dos argentinos." Seria uma forma de racismo?

A implicância de uma parte de brasileiros com a Argentina tem sua origem num velho conhecido da Copa das Copas. Ele mesmo, o complexo de vira-lata.

Deixando de lado, por um minuto, o 7 a 1, o único fracasso da Copa das Copas de 2014 foi o mascote Fuleco. O verdadeiro bichinho de estimação é o vira-lata.

Embora o Brasil tenha um PIB infinitamente maior do que o da Argentina, e ocupe um lugar no Continente de liderança não mais questionada, etc, etc, etc, os argentinos provocam um sentimento de insegurança e inferioridade que acompanha muitos brasileiros.

Estes ficam felizes quando o vizinho enfrenta dificuldades. Dizem bem-feito até para a cobiça de fundos abutres que ameaçam derrubar a economia do país e até atingir o Brasil e outras partes do mundo.

Vira-latas têm raiva de espelhos que ajudam a mostrar algumas de suas verdades e preferem olhar-se em imagens que confirmam seus enganos e confortos.

Estamos falando de um vizinho que em certos aspectos ajuda a lembrar nosso próprio atraso, o que poderia ser útil para debater a formação dos dois países, mas nem sempre é agradável. Reformas sociais que o Brasil sequer alcançou nos dias de hoje são uma conquista histórica dos argentinos. Os índices de educação são infinitamente superiores. O país é menos desigual.

Embora boa parte de sua riqueza tenha sido dizimada por delírios liberais iniciados na ditadura de 1976 e prolongados quando o governo Carlos Menén estabeleceu relações carnais com o império americano, entrando numa fase de regressão em vários setores, o país não deixou de acumular novidades que mexem com a estima – já baixa – de quem precisa da desgraça alheia para ter certezaa de que tudo vai bem em casa.

Os argentinos acumularam quatro Prêmios Nobel. Também fizeram um papa. Brasil é zero nestes quesitos. Tem gente que se sente menor por isso. Pode?


Claro que pode. Essa é a esperança de quem sonha em transformar uma vitória argentina, domingo, numa derrota brasileira.

Após a derrota fora do campo, pela Copa das Copas, bem sucedida até para investigar mafiosos dos ingressos, o que nunca se fez em nenhuma outra Copa, nem na da Alemanha, o que se quer é estimular baixos instintos para ganhar votos em outubro.

Honestamente... nem o mais pessimista iria imaginar um programa de campanha tão rasteiro. Enquanto se estimula de todas as formas uma rejeição contra os argentinos, se torce secretamente pela vitória de Messi & seus companheiros na esperança de prejudicar Dilma Rousseff.
É com este tipo de debate político que a oposição quer chegar ao Planalto? Deve ser.

Não custa lembrar que a rivalidade entre brasileiros x argentinos (e vice-versa) tem origem externa. Interessados desde o século XIX em dividir para reinar na América do Sul, Estados Unidos e Inglaterra sempre trabalharam para estimular competições inúteis e conflitos desnecessários, jogando uns contra os outros para que a melhor parte do butim ficasse com os outros.

Um dos ganhos da democratização ocorrida nas últimas décadas foi a descoberta de que os dois maiores países da América do Sul só tem a ganhar quando se aproximam. Suas economias se complementam, os mercados têm escala e atraem investimentos. Muitos empregos brasileiros dependem de compras feitas do outro lado da fronteira. A recíproca também é verdadeira.

Viajando ao país por todos os meios a seu alcance, hospedando-se em todas as alternativas de seu bolso, as centenas de milhares de argentinos ajudaram a escrever algumas das mais belas páginas desta Copa que termina. E é preciso muito – mas muito – complexo de vira-lata para não perceber a importância de tudo isso.



Fonte: http://www.brasil247.com/+zug8r

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Carta a uma seleção derrotada

Ruth Manus

Meninos,

(sim, meninos, porque quando uma seleção é eliminada na Copa do Mundo, não há mais homens no gramado. Há meninos. Com olhos vazios, sem rumo e sem qualquer indício de vergonha ou de pudor.)

Escrevo só para agradecer.

Agradecer porque vocês nos fizeram sentir o que há muito tempo não sentíamos.

O nervosismo. A voz embargada. Tensão. Alegria. Nó na garganta. Dor de garganta. Explosão. Tristeza. Desilusão. Um turbilhão de sentimentos condensados em 4 semanas.

Agradeço porque vocês conseguiram mexer com muitas emoções que andavam paradas. Bandeiras na janela por amor a um país (e não apenas a uma seleção), acima de qualquer outra questão.

Porque vocês fizeram mais do que colocar corações para bater mais forte. Vocês colocaram corações absolutamente brasileiros para bater.

Agradeço porque a cada jogo que passava, me sentia mais parecida com os desconhecidos na rua. Mais próxima do meu país, da minha gente.

Agradeço porque o desfecho traumático não anula a alegria vivida.

E por saber que vocês vão ter que encarar aqueles brasileiros de momento, que até ontem tinham orgulho e hoje já acham que “isso é Brasil”.

Mas não se preocupem, para nós também é difícil suportá-los. Tamo junto.

E o fato é que a tristeza é geral: do campo, do banco de reservas, da arquibancada, do sofá da sala, do banco do bar, da sarjeta.

Mas, por favor, entendam, nós não estamos tristes com vocês, estamos tristes JUNTO com vocês.

E tanto é assim que posso garantir que milhares de brasileiros queriam poder dar em vocês hoje o abraço que o David Luiz deu no James depois da eliminação da Colômbia.

Obrigada, meninos.

Obrigada por me lembrarem que eu nunca quis ser europeia. Alemã, holandesa, francesa, belga… Nem que me dessem um belo par de olhos claros.

Que o que eu quero sempre é minha camisa amarela, minhas emoções escancaradas, quero o choro embriagado de hoje, esquizofrenicamente orgulhoso de ser quem somos até quando estamos apanhando como apanhamos.

Abracem seus pais. Seus filhos. Suas mulheres. Seus amigos.

Façam isso por nós, que queríamos abraçá-los talvez até mais do que iríamos querer se ganhássemos a Copa.

E continuem sendo assim, brasileiros, acima de tudo.

No cabelo enrolado, nas danças no vestiário, nos abraços verdadeiros, nos choros sofridos, na oração sincera e na certeza de que, bem ou mal, a gente segue em frente.

7 a 1? Dane-se.

Vocês me representam. E não é pela bola que jogam, é pelos caras que são.



Fonte: http://www.esquerdopata.blogspot.com.br/2014/07/carta-uma-selecao-derrotada.html