quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Paul Ehrlich e a redução da população



Por Bobo

Aqui vai a tradução da entrevista que de acordo com o comentarista Zé Zinho:

"Ehrlich está de volta com declarações dignas do Tribunal Penal Internacional. Numa entrevista ao Guardian, Ehrlich defende uma redução maciça dos seres humanos! Dos atuais 7 bilhões de pessoas, segundo Ehrlich, 5 bilhões estão a mais! Mas ele vai mais longe: tem que haver uma forma rápida de diminuir a população à face da Terra!

A leitura da entrevista é de deixar quase todas as pessoas a vomitar, embora algumas pessoas, como Hitler, pudessem ficar a salivar... Ele perspectiva uma praga mundial, ou umas guerras nucleares, para começar! Umas fomes generalizadas, ou algum vírus estranho que mutasse de animais dizimando os humanos, poderia também ajudar! Haverá paciência para pessoas loucas como Ehrlich?"

Parece ser a politização da ciência para tentar esconder a luta de classes.

Do The Guardian

O analista de populações mais renomado do mundo pediu por uma redução massiva no número de humanos e para os recursos naturais serem distribuídos dos ricos para os pobres

Paul Ehrlich, professor Bing de Estudos de Populações na Stanford University na Califórnia e autor do best-seller "Bomba populacional" em 1968, vai muito além da Royal Society em Londres que esta manhã disse que números físicos são tão importantes quanto a quantidade de recursos naturais consumidos



Paul Ehrlich diz que enfrentaremos disastres 'catastróficos ou em câmera lenta' a não ser que a população seja trazida sob controle e os recursos sejam redistribuídos

A população ideal da Terra - o suficiente para garantir o mínimo de ingredientes físicos para uma vida decente para todos - seria de 1.5 a 2 bilhões de pessoas ao invés dos cerca de 7 bilhões que hoje estão vivos ou dos 9 bilhões esperados para 2050, disse Ehrlich em uma entrevista para o Guardian.

"Quantos você suporta depende dos estilos de vida. Nós viemos com 1,5 a 2 bilhões porque você pode ter grandes cidades ativas e áreas naturais. Se você quiser um mundo de criação intensiva onde todos têm o mínimo de espaço e comida e onde todos apenas sobrevivam você pode suportar no longo prazo cerca de 4 ou 5 bilhões de pessoas. Mas já temos 7 bilhões. Então nós precisamos o mais humanamente e rapidamente possível mover para um encolhimento populacional."

"A questão é: você pode passar do máximo sem um desastre, como uma epidemia mundial ou uma guerra nuclear entre a Índia e o Paquistão? Se nós seguirmos no ritmo em que estamos haverá várias formas de desastre. Algumas talvez em câmera lenta como pessoas tendo mais e mais fome, ou uma catástrofe porque quanto mais pessoas maiores são as chances de algum vírus estranho se tranferir das populações animais para a humana, poderia haver uma grande tragédia."

Ehrlich, que foi descrito como um alarmista nos anos 70 mas que a maioria de suas previsões se mostraram corretas, e que se sentia sombrio quanto a capacidade humana de alimentar mais de 9 bilhões de pessoas. "Nós temos 1 bilhão de famintos agora e vamos adicionar 2,5 bilhões. Eles vão ter de ser alimentados em terras mais marginais, com água que é mais tratada ou transportada longe, vamos ter impactos desproporcionais em como alimentar pessoas como consequência do próprio aumento populacional", disse.

"A maioria das previsões (na "Bomba Populacional") se mostraram corretas. Na época eu escrevi sobre a mudança climática. Nós não sabíamos então se estava aquecendo ou esfriando. Nós achamos que isso seria um problema para o fim deste século. Agora sabemos que está aquecendo e que é um problema para o começo do século, não sabíamos sobre a perda de biodiversidade. As coisas acabaram saindo pior que o previsto. Agora temos a ameaça de vastas epidemias".

"Eu tenho uma visão bastante negativa sobre o que é provável acontecer com meus filhos e netos. Os políticos podem controlar a bagunça financeira na qual estamos mas não tem controle sobre os sistemas do planeta que nos provêm com a nossa comida, nossa riqueza, esses estão deteriorando e será um longo caminho de volta se começarmos agora. É difícil pensar em algo que vá aparecer e nos salvar. Eu espero que apareça mas realmente vai ser um milagre."

Mas ele concordou com o relatório da Royal Society que diz que a população humana e o consumo não podem ser separados. "(Eles) se multiplicam juntos. Você tem que lidar com eles juntos. Nós temos muito consumo pelos ricos e pouco pelos pobres. Isso implica aquela coisa terrível que vamos ter de fazer que é de algum modo redistribuir o acesso aos recursos para longe dos ricos e para os pobres. Mas no EUA estivemos fazendo o oposto. O partido republicano é loucamente a favor da redistribuição, de se tirar o dinheiro dos pobres e dar para os ricos."


Fonte: http://www.advivo.com.br/node/1002392

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